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Jan/Fev 2015 

 


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Meio Ambiente - Processo recupera terras-raras de lâmpadas fluorescentes


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Lâmpadas compactas concentram mais terras-raras

Pesquisa do Laboratório de Terras-Raras do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), criou um novo processo para recuperar e reciclar terras-raras a partir de lâmpadas fluorescentes descartadas. As terras-raras formam um grupo de 17 elementos químicos essenciais para a produção de lâmpadas, telas de televisores, tablets, smartphones, turbinas de energia eólica etc. “Lantânio, cério, európio, térbio e, em maior quantidade, ítrio são as terras-raras presentes nessas lâmpadas”, explica o professor Osvaldo Serra, coordenador do laboratório.

O processo apresenta uma maneira mais segura, menos poluente e mais eficiente de reciclar as terras-raras contidas nas lâmpadas. Segundo Serra, enquanto os métodos tradicionais se valem de “tratamentos drásticos com ácidos ou bases fortes e temperaturas elevadas, nossa proposta consiste no uso de metodologia mais branda, sem emissão de gases corrosivos e temperaturas menores que 100 °C”.

De acordo com ele, entre os tipos de resíduos reciclados, as lâmpadas fluorescentes ganham destaque por conter até 25% em massa de elementos terras-raras na constituição do pó fosfórico, dependendo do tipo da lâmpada utilizada. As terras-raras presentes nas lâmpadas tubulares e compactas são as mesmas, mas estas últimas possuem um porcentual maior. O volume também varia de acordo com a potência da lâmpada: maior potência, maior quantidade de material fluorescente e, portanto, maior quantidade de terras-raras.

“A viabilidade econômica da recuperação desses elementos químicos é maior nas lâmpadas compactas do que nas tubulares, que são mais antigas e possuem menos terras-raras”, ressalta o pesquisador.

Divulgação/USP

Recuperação é prioridade estratégica, diz Serra

As lâmpadas fluorescentes são coletadas por empresas que realizam a remoção e recuperação do mercúrio metálico, altamente tóxico e nocivo ao meio ambiente. A reciclagem começa a partir do pó fosfórico, livre do mercúrio, submetido a processos físicos e químicos, utilizando resinas de troca iônicas, produtos sintéticos que colocados na água poderão liberar íons sódio ou hidrogênio ou hidroxila e captar, desta mesma água, cátions e ânions.

“Essas resinas de troca iônica tradicionais, do tipo ácido-forte, são facilmente encontradas e podem realizar inúmeros ciclos de extração das terras-raras, garantindo não só a viabilidade técnica como também econômica do processo, que se dá em condições experimentais facilmente escalonáveis a maiores quantidades, adequando-se às necessidades mercadológicas e industriais”, explica Serra.

Ganhador da edição 2013 do Prêmio Walter Borzani, promovido pelo CRQ-IV, Serra diz que são consumidas anualmente no Brasil ao redor de 300 milhões de lâmpadas. A contaminação por mercúrio é o principal risco ambiental nelas embutido. Já as terras-raras existentes nas lâmpadas não são nocivas ao meio ambiente, pois se encontram estabilizadas.

A China responde por 90% da produção mundial de terras-raras e consome 70% desse total. Por conta dessa concentração, o país chegou a aumentar o preço médio da matéria-prima mais de dez vezes nos últimos anos. Por tais razões, afirma o pesquisador, o desenvolvimento e a adoção de tecnologias que possibilitem a extração ou a recuperação de terras-raras de forma adequada tornaram-se uma prioridade estratégica.

Algumas empresas já perceberam a relevância desse mercado e por isso, diz Serra, manifestaram interesse por essa nova tecnologia.





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