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Nov/Dez 2018 

 


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Tabela Periódica - Modelo criado pelo russo Dmitri Mendeleev chega aos 150 anos


"Uma linguagem comum para a ciência" é o slogan das comemorações


Prefeitura de S. Petersburgo

Monumento em homenagem a Dmitri Mendeleev, localizado na cidade de São Petersburgo, Rússia; ao fundo, reprodução da primeira tabela proposta por ele



A Tabela Periódica, mais importante referência sobre os elementos químicos, completa 150 anos de criação no ano que vem. Para comemorar a data, a 72ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 2017, proclamou 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos.

A celebração envolve a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), sociedades científicas, institutos de educação e pesquisa, organizações não governamentais e setor privado na promoção de eventos que ressaltam a importância da Tabela Periódica e suas aplicações. Um deles será o 47º Congresso Mundial de Química, que acontecerá em Paris (França), de 5 a 12 de julho de 2019. As iniciativas em comemoração ao aniversário, cujo slogan é “Uma Linguagem Comum para a Ciência”, podem ser acompanhadas neste site.

Criada pelo russo Dmitri Ivanovich Mendeleev (1834-1907) em 1869, a Tabela Periódica foi elaborada com os 63 elementos conhecidos até então e que, inicialmente, foram organizados por ordem crescente de suas massas atômicas. A seguir, ele os dispôs em colunas horizontais e verticais, respeitando as características e semelhanças dos elementos. A tabela se chama “periódica” porque mostra a repetição de propriedades físicas e químicas que alguns elementos têm em comum. Espaços vazios foram reservados para a descoberta de novos elementos, o que permitiu a ampliação do número de integrantes para os atuais 118 ao longo do tempo.

Contudo, segundo lembra artigo publicado pelos professores Helena Leite e Paulo Porto na edição de maio de 2015 da revista Química Nova, “a tabela periódica proposta por Mendeleev foi sendo modificada ao longo dos anos, tanto pelo próprio químico russo quanto por outros cientistas. A principal modificação foi a substituição da massa atômica, como critério para o ordenamento dos elementos, pelo chamado número atômico, que viria a ser identificado com o número de prótons do núcleo atômico do elemento. Tal mudança foi possível após os trabalhos do físico inglês Henry Moseley (1887-1915), com estudos sobre espectros de raios-X dos elementos que levaram à determinação dos números atômicos e os relacionaram ao número de cargas positivas nos núcleos atômicos”.

Quatro elementos superpesados sintetizados em laboratórios, que completaram a sétima linha da tabela, foram os acréscimos mais recentes. Anunciados pela primeira vez em dezembro de 2015, tiveram a ratificação oficial no 46º Congresso Mundial de Química, realizado em julho de 2017 no Brasil. Foram eles: nihônio (Nh, número atômico 113), moscóvio (Mc, 115); tennesso (Ts, 117); e oganessônio (Og, 118).

 

ABRANGÊNCIA – De acordo com a União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac), as implicações da Tabela Periódica vão além das fronteiras da Química, tendo reflexos em áreas como Astronomia, Biologia, Física e outras ciências naturais. A importância da criação de Mendeleev foi reconhecida pela ONU devido ao papel da Química como promotora do desenvolvimento sustentável e provedora de soluções para os desafios globais envolvendo energia, educação, agricultura e saúde.

“É uma ferramenta única que permite aos cientistas preverem a aparência e as propriedades da matéria na Terra e no Universo. Muitos elementos químicos são cruciais para aprimorar o valor e a performance de produtos necessários para a vida humana, nosso planeta e os empreendimentos industriais”, destacou a nota oficial da Iupac publicada após o anúncio do Ano Internacional da Tabela Periódica.

 

COMPETIÇÃO – “Tabela Periódica dos Elementos Químicos: Comparação Experimental de Propriedades Periódicas” é o tema da edição 2019 da Olimpíada de Química do Estado de São Paulo (OQSP). Organizada pela seção paulista da Associação Brasileira de Química (ABQ), com apoio do CRQ-IV, a competição é voltada para estudantes do Ensino Médio. Os mais bem colocados receberão medalhas, prêmios em dinheiro e ainda poderão representar São Paulo na Olimpíada Brasileira de Química. Clique aqui para mais detalhes.



Químico desenvolveu outras pesquisas e foi indicado ao Nobel

The Stamp Collector

Selo postal criado pela Rússia em 2009 para comemorar o 175º aniversário do nascimento de Mendeleev

 

Dmitri Ivanovitch Mendeleev nasceu em Tobolsk (Sibéria) em 8 de fevereiro de 1834 e morreu em São Petersburgo no dia 2 de fevereiro de 1907. Estudou ciências nesta cidade, formando-se em Química (1856). Trabalhou no laboratório Wurtz, em Paris. Esteve na Pensilvânia (EUA) e no Cáucaso (Rússia) estudando a natureza e a origem do petróleo. Professor a partir de 1863, em 1866 assumiu a cátedra de química do Instituto Tecnológico de São Petersburgo. Como conselheiro científico das forças armadas russas (1890), promoveu o estudo da nitrocelulose. Recebeu a medalha Davy (1882) e a medalha Copley (1905) da Royal Society of Chemistry, do Reino Unido.

 

Mendeleev é o autor da lei segundo a qual as propriedades físicas e químicas dos elementos são funções periódicas do peso atômico. Apesar de outros cientistas terem anteriormente traçado sequências numéricas entre os pesos atômicos de certos elementos e notado conexões entre estes e as propriedades das diversas substâncias, Mendeleev foi o primeiro a enunciar a lei cientificamente.

 

O químico estabeleceu a analogia dos elementos em bases numéricas seguras e fez a classificação periódica dos elementos químicos conforme seu peso específico, dispondo os elementos em ordem crescente de acordo com seu peso atômico. Ele notou que as propriedades dos corpos simples se repetem periodicamente e, com base nesse princípio, elaborou quadros que, por apresentarem lacunas, o levaram a prever a existência de três elementos até então desconhecidos, previsão confirmada pela descoberta do gálio (1875), do escândio (1879) e do germânio (1886).

 

Mendeleev empreendeu trabalhos sobre o isomorfismo, a compressão dos gases e as propriedades do ar rarefeito. Estudou a natureza das soluções, que considera sistemas líquidos homogêneos de compostos instáveis dissociáveis do solvente com a substância dissolvida. Além disso, investigou a expansão termal dos líquidos e elaborou uma fórmula para expressá-la.

Por seu trabalho, Mendeleev foi indicado para receber o Nobel de Química em 1906, mas não foi contemplado. Após sua morte, o número do elemento radioativo 101 recebeu o nome de mendelévio como forma de homenageá-lo.

(Com informações de AllChemy e History Channel)





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