Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 
Elementos Químicos - Hidrogênio - Conselho Regional de Química - IV Região

Elementos Químicos - Hidrogênio 

 


Hidrogênio

 

Regina Célia Galvão Frem*

Você algum dia imaginou que o primeiro e mais simples dos elementos químicos pode vir a se tornar a principal fonte de energia limpa do futuro? Pois é, enquanto seu carro estiver rodando, energia elétrica estará sendo produzida a partir de uma reação química entre o hidrogênio e o oxigênio. E o que é melhor, gerando apenas água como produto e com uma eficiência três vezes maior do que a gasolina.

Pena que em nosso planeta ele esteja presente em concentrações mínimas (< 1 ppm), embora seja o elemento mais abundante no Universo. Portanto, temos aqui na Terra que produzir hidrogênio e o principal método é o termoquímico, usando vapor de água e carvão, gás natural ou nafta como matéria-prima.

Infelizmente esse método usa matéria-prima não renovável e requer gasto apreciável de energia, mas a alternativa viável e limpa, que seria a partir da eletrólise da água, usa eletricidade que, além de cara, muitas vezes é gerada a partir de combustíveis fósseis. Trabalhos de pesquisa estão sendo realizados ao redor do mundo para conseguir produzir hidrogênio usando energia solar ou eólica, por exemplo, o que tornaria o processo de obtenção do H2 sustentável.

E uma vez produzido, a grande parte do hidrogênio é utilizada na indústria química para a fabricação de importantes compostos químicos como a amônia, ácido clorídrico, ácido nítrico e metanol.

O hidrogênio é também muito usado na hidrogenação de óleos vegetais para produção de margarina, embora reações paralelas de isomerização das cadeias insaturadas levem inevitavelmente à formação da temida gordura trans, que aumenta nossos níveis de colesterol ruim (LDL) e diminuem nosso colesterol bom (HDL).

No que diz respeito à descoberta desse elemento, embora o alquimista Paracelsus e o químico Robert Boyle já tivessem observado anteriormente a formação de hidrogênio a partir de reações entre o ácido sulfúrico e ferro metálico, os créditos de sua descoberta foram dados ao químico e físico britânico Henry Cavendish, em 1766, que isolou o elemento e mostrou que era diferente de outros gases.

Um pouco mais tarde, Cavendish também demonstrou que quando o hidrogênio queimava, formava água, desmistificando, portanto, a ideia vigente na época que a água era um elemento. Por essa razão, em 1781, Antoine Lavoisier chamou o novo elemento de “hidrogênio” – do grego hidro e genes, formador de água.

De fato, o hidrogênio surge na Terra quase sempre combinado com outros elementos, estando, portanto, presente na água dos oceanos, nos materiais fósseis (petróleo, gás natural, carvão) e nas biomoléculas tão essenciais à vida, como proteínas, carboidratos, lipídeos e o próprio DNA.

Agora que você já conhece um pouco melhor esse elemento tão fantástico, recordemos um trecho escrito pelo brilhante escritor Júlio Verne: “...creio que (...) um dia (...) o hidrogênio e o oxigênio, utilizados isoladamente ou em simultâneo, vão constituir uma fonte de calor e luz inesgotável, de uma intensidade de que o carvão não é capaz...” (A Ilha Misteriosa, 1874).

*Docente do Instituto de Química da Unesp.


Referências

Chemistry of Elements, N. N. Greenwood e A. Earnshaw, Butterworth-Heinemann Ltd., Cambridge, 1995.

http://www.rsc.org/periodic-table/element/1/hydrogen. Acessado em 12 de dezembro de 2018.



QuímicaViva
é uma iniciativa da Comissão Técnica de Divulgação do Conselho Regional de Química - IV Região (SP). Os textos podem ser reproduzidos desde que previamente autorizados e com a citação da fonte. Colaborações, dúvidas ou críticas podem ser enviadas para crq4.comunica@gmail.com.





Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região