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Jan/Fev 2015 

 


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Reconhecimento - Empresas querem investir em trabalho ganhador do Prêmio CRQ-IV


Pesquisa propôs a produção de pele artificial com resíduos extraídos de curtumes

Alberto Murayama

A pesquisadora Joana D’Arc Félix de Sousa também ganhou o Prêmio Kurt Politzer, oferecido pela Abiquim

O reconhecimento de indústrias nacionais e multinacionais já é uma realidade para a pesquisadora Joana D’Arc Félix de Sousa, docente da Escola Técnica (Etec) Prof. Carmelino Correa Júnior (Centro Paula Souza), de Franca. Orientadora do trabalho vencedor do Prêmio CRQ-IV (categoria “Química de Nível Médio”) em 2014, elaborado pela aluna Ângela Ferreira de Oliveira, Joana vem recebendo consultas de companhias interessadas em investir na produção da pele humana artificial para uso em transplantes e testes farmacológicos.

Os contatos aumentaram após a publicação de um artigo na edição nº 128 do Informativo CRQ-IV (julho/agosto de 2014), que detalhou a metodologia e os resultados obtidos pela pesquisa. Segundo ela, as tecnologias desenvolvidas apresentaram uma relação custo-benefício que aliou ótima qualidade a baixos custos. “A repercussão foi muito grande, tanto em nível nacional como internacional. Várias instituições de ensino, indústrias e jornais entraram em contato”, destaca Joana, que é coordenadora do curso Técnico em Curtimento da Etec.

Ao todo, cinco empresas manifestaram interesse, sendo três indústrias químicas, uma de cosméticos e uma farmacêutica. O foco é a transferência de tecnologias para o desenvolvimento dos processos em escala industrial no Brasil e no exterior. A empresa do ramo farmacêutico visa produzir a pele humana artificial, enquanto as indústrias químicas e a de cosméticos pretendem realizar a extração de colágeno gelificado sustentável a partir de serragens e aparas de wet-blue (resíduos sólidos de curtumes).

A pesquisadora atribui essa demanda a alguns fatores como, por exemplo, o registro de aproximadamente um milhão de pessoas vítimas de queimaduras no mundo por ano. Além disso, ela salienta que os acidentes com fogo são a segunda causa de morte na infância no Brasil e nos Estados Unidos.

Aplicações - A pele humana artificial pode ser usada em transplantes de pele, servindo como estrutura de apoio para que o organismo do paciente reconstrua com eficácia a área lesada. “O transplante entre indivíduos possui um alto índice de rejeição. Sendo assim, o desenvolvimento de pele artificial é uma importante contribuição para a área de medicina regenerativa”, observa.

O produto também pode ser utilizado no tratamento de queimaduras e na recuperação da pele de pessoas afetadas por tumores, hérnias ou feridas de difícil cicatrização. Outras possíveis aplicações são: uso em testes de produtos cosméticos e farmacêuticos a um custo mais baixo e sem o uso de animais; desenvolvimento de novas estratégias de tratamento de patologias dermatológicas; e utilização em pesquisas de laboratório que, atualmente, são feitas utilizando animais.

Premiações - Além do Prêmio CRQ-IV, a pele humana artificial também foi reconhecida na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia de 2013 e, mais recentemente, pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Em dezembro do ano passado, durante o 19º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), ela recebeu o Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia 2014 na categoria “Pesquisador”.

“As premiações abrem muitas portas para que as pesquisas possam receber incentivos. Durante a premiação da Abiquim, ocorreram três contatos importantíssimos. Em um deles, o cônsul de um país europeu agendou uma reunião com o interesse de levar as tecnologias para o seu país”, relata.





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