Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 
Notícia - Conselho Regional de Química - IV Região

Notícia 

 


Fórum discutiu a importância de investimentos no setor Químico

 

 

A Comissão Técnica de Ensino Superior do CRQ-IV promoveu nesta quarta-feira o IX Fórum de Ensino Superior, com o tema "Importância de investimentos estratégicos do setor Químico no Brasil e as perspectivas profissionais".

A primeira palestra foi com Fernando Galembeck, Bacharel e Doutor em Química pela Universidade de São Paulo (USP), autor de mais de 260 artigos e inventor listado em numerosas patentes. Atualmente ele é coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Materiais Complexos Funcionais da Universidade Estadual de Campinas (INCT Inomat/Unicamp).

Ele iniciou a palestra lembrando a importância da Química e falou que um estudo da Oxford Analytics mostra que o setor é o sétimo maior do mundo e o primeiro quando se trata de indústrias de transformação. “A química é importante e vai continuar sendo”, disse. Ele apresentou dados econômicos sobre a Indústria Química e falou sobre os grandes desafios atuais com o aumento da população global em relação à produção de alimentos, serviços e poluição.

Segundo ele, o Brasil não incentiva a inovação nem aproveita sua biodiversidade por causa de uma regulação que chamou de castradora. Uma das soluções seria incentivar as incubadoras de empresas para uma eventual retomada da geração de tecnologia no estado de São Paulo.

Galembeck disse ainda que o Brasil tem hoje uma nova perspectiva com a biomassa – formada por resíduos da produção de alimentos, cana, madeira, borracha -, que deve ser aproveitada cada vez mais.

Ele também chamou atenção para os problemas na educação brasileira, afirmando que há muitos doutores, mas que isso nem sempre se reflete no desempenho dos alunos. “Os estudantes estão recebendo os atributos necessários?”, questionou.

O palestrante alertou ainda que mudanças também ocorrem na maneira de se fazer ciência e no conhecimento científico, e que novos paradigmas vêm ampliando a nossa visão sobre muitos temas, como inteligência artificial, novas ferramentas e materiais e, acima de tudo, a busca pela sustentabilidade.

“Hoje temos que nos preocupar com as agendas nacionais e também com as agendas globais, como os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU”. Nesse sentido, ele destacou os esforços do CRQ-IV e da Associação Brasileira de Química (Abiquim) em relação às temáticas.

A segunda palestra foi conduzida por Ciro Mattos Marino, que já foi CEO da Abiquim e acumula 40 anos de experiência na Indústria Química. Ele falou sobre o tema Estratégia de Estado - Potencial de Investimentos do Setor Químico no Brasil.

Marino mostrou dados sobre o setor e lembrou que no Brasil ele ocupa o terceiro lugar e gera 2 milhões de empregos, e ressaltou que 96% dos setores industriais dependem da Química. Segundo ele, o Brasil possui cinco vantagens competitivas quando comparado a outros países: é produtor de gás natural; tem bom mercado consumidor; é produtor de energia renovável; tem grande potencial mineral; dispõe de biomassa, o que melhora a sustentabilidade brasileira.

O palestrante também citou os três principais desafios para o crescimento da Indústria Química brasileira: o alto preço do gás natural e da energia; a questão tributária, alertando para a necessidade de uma reforma tributária; e a falta de incentivos fiscais para o setor, algo que existe em todos os países, mas não no Brasil. Para superá-los, Marino sugere uma estratégia de estado de longo prazo e defende a atuação conjunta entre setor público e privado.

Segundo ele, é possível saltar da 6ª para a 4ª posição no ranking mundial em 30 anos, se houver um reequilíbrio global das cadeias de suprimento e a internalização de produtos, com a substituição de importados por produzidos no Brasil, entre outros fatores. Ele citou programas recentes em que setores público e privado trabalharam juntos, como o Marco Legal do Gás Natural e a quebra do monopólio do gás natural.

A mediadora do painel foi a Profa. Dra. Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, da Faculdade de Tecnologia da Unicamp (Campus de Limeira), e integrante da Comissão de Ensino Superior do CRQ-IV. A gravação do evento está disponível no canal do Conselho no YouTube.

 

 

 

Publicado em 19/10/2022


Voltar para a relação de notícias

 

 


 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região