Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 
A descoberta da borracha - Conselho Regional de Química - IV Região

A descoberta da borracha 

 


 
 
 
 
 
 
A borracha natural é obtida do látex da seringueira, Hevea brasiliensis, árvore nativa das Américas. Outras espécies vegetais que produzem borracha são o dente-de-leão (Taraxum), o guaiúle (Parthenium argentatum), a virgaurea (Solidago virga aurens), a maclura (Maclura pomifera), e outros vegetais, mas nenhuma é tão eficiente na produção de látex quanto a seringueira.
 
No século XVI, ao descobrirem as Américas, os europeus conheceram a borracha, que já era usada pelos índios no Brasil e no México. Cristóvão Colombo observou que os índios praticavam jogos com bolas de borracha. No poço sagrado dos Maias, em Yucatán, foram descobertos artigos de borracha. O nome inglês rubber foi dado, provavelmente, por Priestley, o descobridor do oxigênio, que pela primeira vez observou a capacidade de o material apagar (rub out) o traço de um lápis.
 
A estrutura química da borracha vem sendo estudada desde 1826, quando Faraday determinou a fórmula empírica do isopreno. Apenas na década de 1920 é que se estabeleceu definitivamente que os polímeros, inclusive a borracha, eram moléculas orgânicas, porém de alta massa molecular e, em 1955, foi realizada a primeira síntese do cis-1,4-poliisopreno com o emprego de catalisadores do tipo Ziegler-Natta.
 
Em 1839 o uso da borracha natural foi ampliado com a invenção da vulcanização por Charles Goodyear. O processo de vulcanização facilitou o comércio da borracha, que passou a ser usada na fabricação de uma série de produtos, como pneus e brinquedos.
 
No século XIX, o Brasil tornou-se grande produtor e exportador de borracha natural, dominando o mercado mundial. Mas, com o forte crescimento da demanda mundial e a busca por alternativas mais baratas, a baixa produtividade do sistema extrativista brasileiro inviabilizou a produção. O golpe definitivo à posição brasileira foi o mal-das-folhas, causado pelo fungo Microcyclus ulei, doença nativa da região amazônica, que levou o país a perder espaço para a Ásia.
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade de processamento de borracha na
Ilha de Sumatra em 1921
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reinforced_Rubber.jpg
 
 
A seringueira, que já havia sido levada para países asiáticos como Malásia, Filipinas, Índia e Indonésia, se desenvolveu fortemente nesses locais provavelmente porque lá não existiam os insetos e fungos nocivos que atacam a árvore nas áreas nativas das Américas. Os países asiáticos organizaram sua produção de forma mais eficaz do que o modelo extrativista brasileiro e as plantações do Oriente tornaram-se a fonte da maior parte do suprimento mundial de borracha.
A borracha sintética ganhou espaço a partir da Segunda Guerra Mundial, quando as áreas produtoras da Ásia foram invadidas pelo Japão, que cortou o fornecimento de borracha natural aos Estados Unidos. Embora não substitua completamente o produto natural, ela é preferida, em geral, por sua maior pureza, uniformidade, disponibilidade e menor preço.
Depois da crise vivida no século XIX, o Brasil só conseguiu recuperar sua produção de borracha natural a partir de 1970, quando as seringueiras passaram a ser cultivadas em outras regiões do país, como os Estados de São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás, a mão de obra passou a ser especializada e a tecnologia de produção foi desenvolvida.
 
 
 
 
 
 
 
Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região