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Mar/Abr 2021 

 


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Dia Mundial da Água - CRQ-IV promove IX edição do Fórum de Recursos Hídricos




Em comemoração ao Dia Mundial da Água, o CRQ-IV promoveu dia 23 de março mais uma edição do Fórum de Recursos Hídricos, encontro técnico que há quase uma década integra o calendário de eventos da entidade. A nona edição recebeu o apoio da seção paulista da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-SP), por meio de sua Câmara Técnica de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, e pela primeira vez foi realizada de forma virtual, em razão das restrições decorrentes da Covid-19.


Cerca de 70 profissionais e estudantes pagaram uma taxa simbólica de R$ 10,00 para acompanharem a transmissão ao vivo, que discutiu questões relacionadas à área de saneamento, em especial os processos e tecnologias aplicadas ao tratamento e despoluição de águas, tema central deste ano.


Durante a abertura, a Engenheira Química Andrea Mariano, gerente de Fiscalização do CRQ-IV, falou sobre o significado do Fórum e reforçou o papel do Conselho e das suas Comissões Técnicas, entre elas a Comissão Técnica de Meio Ambiente (CTMA), que esteve à frente da realização do evento. “O principal objetivo da Comissão é trazer temas pertinentes à área, agregando conhecimento por meio de eventos, cursos de aprimoramento profissional, elaboração de material técnico, como a Cartilha do Meio Ambiente e o livreto Aspectos Jurídicos e Técnicos da Política de Resíduos Sólidos, materiais que estão disponíveis para download gratuito no site do CRQ-IV”, disse.


Mediado por Wagner Pedroso Miranda, membro da CTMA, o Fórum teve início com a palestra do Engenheiro Químico José Antonio Monteiro Ferreira, especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental, que apresentou um panorama sobre os sistemas de tratamento de efluentes e a evolução dos parâmetros de controle de qualidade da água ao longo dos anos. Ferreira exemplificou, com imagens, o que ocorre quando há descarga de poluente nos rios e apontou, como medidas necessárias para preservação das águas, o tratamento de efluentes sanitários e industriais, a instalação de tanques de contenção capazes de reter os resíduos agrícolas e o descarte correto do lixo por parte da população, evitando a chamada poluição difusa.
 

Arquivo Pessoal

O uso do ozônio é positivo, diz Menasce

Na sequência, o Engenheiro Eletrônico Samy Menasce falou sobre as diversas soluções tecnológicas e apresentou alguns projetos da Brasil Ozônio, empresa presidida por ele. “O ozônio não é um milagre, mas é um elemento muito interessante para ser adicionado ao que existe hoje em termos de tratamento de água. Desde que dimensionado corretamente, ele é imbatível em custo e eficiência, além da vantagem de ser um produto natural”, ressaltou Menasce. Conforme destacou o palestrante, o uso do elemento com a finalidade de tratar a água é extremamente positivo, uma vez que ele se transforma em oxigênio e não gera subprodutos durante o processo.


TRATAMENTO EM SÃO PAULO – A segunda parte do Fórum teve como foco o tratamento de efluentes no estado de São Paulo. Para discutir com o tema, o Bacharel em Química Fabio Pereira de Carvalho, especialista em Suporte Técnico e Desenvolvimento da DuPont, falou sobre o uso das membranas de filtração, técnica que é utilizada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em quatro plantas de tratamento: Indaiá e São Lourenço, ambas em Bertioga; Alto da Boa Vista, localizada na capital, considerada a maior da América Latina a fazer uso da tecnologia; e Rio Grande, também na capital paulista.
 

Arquivo Pessoal

  Carvalho destacou vantagens das membranas

Entre os benefícios da aplicação das membranas, Carvalho destacou a capacidade de remoção completa de algas, cianobactérias e patógenos; a sua rápida implantação; aplicabilidade em diversos tipos de água; flexibilidade operacional; e a competitividade frente aos sistemas convencionais, incluindo a possibilidade da redução de custos. “As membranas não servem para todos os casos, mas em muitos deles, acopladas a outras tecnologias, elas podem trazer vários benefícios. Como foi dito, essa não é mais uma realidade apenas industrial, de países de primeiro mundo, aqui no Brasil já se utiliza e cada vez mais eu vejo surgirem projetos para os próximos anos, buscando uma aplicação ainda melhor das tecnologias”, concluiu.


Para finalizar o ciclo de palestras, o também Bacharel em Química José Eduardo Bevilacqua, Assistente da Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), falou sobre o projeto de despoluição do Rio Pinheiros. O palestrante descreveu as atribuições da Cetesb e os desafios vinculados ao projeto, salientando a ação de monitoramento que vem sendo realizada – a Cetesb está monitorando 80% de toda a contribuição hídrica da bacia hidrográfica do Rio Pinheiros.


Bevilacqua apresentou ainda os resultados observados ao longo dos últimos três anos (2017 a 2020), que demostram um aumento da qualidade da água em consonância com a intensificação das ações de saneamento, em especial na região superior do Rio Pinheiros.


A programação do IX Fórum de Recursos Hídricos foi concluída com uma rodada de perguntas formuladas pelo público aos palestrantes.


 

Painel Digital do CFQ celebra Dia Mundial
da Água debatendo papel dos profissionais


Ocorrido dia 22 de maço, o evento foi mediado pelo presidente do Conselho Regional de Química da 21º Região (CRQ XXI), Alexandre Vaz Castro, e teve como propósito esmiuçar a atuação dos profissionais no processo que envolve a gestão da água para o consumo humano. Para isso, foram convidados a debater Tiberê Rodrigues, docente da Escola Técnica Estadual de Jundiaí (SP), a Bacharel em Química Fátima Bragante e Jonas Comin Nunes, Conselheiro Federal de Química.


O evento começou com a exibição de um vídeo produzido para dar a dimensão da importância da água para a existência da vida e o quão rara ela é na natureza – embora abundante no planeta, quando se fala da água doce se faz referência a apenas 3% do total.


Tiberê Rodrigues disse que cada pessoa consome em torno de 200 litros de água por dia e que a quase totalidade disso retorna ao meio ambiente na forma de águas residuárias (efluentes). Ele destacou ainda a existência das SACs, as “Soluções Alternativas Coletivas”, que produzem água para empresas, por exemplo. “Quando falamos de soluções alternativas coletivas de abastecimento de água, sem sombra de dúvidas, a maior parte dessas soluções tem como fonte de abastecimento a água subterrânea”, afirmou.


Já Fátima Bragante, por sua vez, apresentou de maneira elucidativa como se dá o processo envolvido na potabilidade da água utilizada em um sistema público de grandes dimensões – no caso, o funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Alto da Boa Vista, mantida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).


Ela explicou que o processo de análise da água exige muito do profissional da Química: no exemplo apresentado, são 12 pontos de monitoramento do processo perfazendo mais de 17 mil ensaios laboratoriais por mês. “Nossa responsabilidade não termina na estação de tratamento, ela vai até a água que chega na ponta, na torneira do consumidor”, assinalou.


CARGA HORÁRIA – O conselheiro Jonas Comin trouxe uma visão focada na vigilância em saúde no que se refere ao fornecimento de água. Ele tratou do SISAGUA, o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, e lembrou que a legislação consolida a exigência de um profissional da Química para o controle da qualidade da água. “O tratamento da água para consumo humano é uma atividade privativa dos profissionais da Química”, afirmou Comin.


Para que a Responsabilidade Técnica seja efetiva, segundo ele, os Conselhos Regionais de Química (CRQs) têm fiscalizado os sistemas de tratamento e distribuição de água, verificando a presença dos profissionais da Química.


“A responsabilidade técnica é a posição que o profissional da Química assume perante os órgãos reguladores e a sociedade, a fim de garantir que os produtos ou serviços sejam elaborados e executados com conhecimento técnico-científico”, concluiu Comin.

A íntegra do debate está disponível no canal do YouTube do CFQ.

 








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