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Set/Out 2008 

 


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Química forense - Perita defende técnicas não-destrutivas


Com 32 anos de atuação na área, a perita criminal do NQ Regina do Carmo Pestana de Oliveira Branco coordenou a edição do livro Química Forense sob olhares eletrônicos, divulgado na edição nº 92 do Informativo CRQ-IV. O livro aborda as técnicas de análises aplicadas em perícias, dando ênfase às que se utilizam de métodos não-destrutivos das amostras.

"Às vezes, a quantidade de material disponível é muito pequena e o processo de análise química, por sua própria natureza, destrói o material com a transformação química para, posteriormente, analisar o produto dessa transformação. Por isso, as técnicas não-destrutivas ajudam a preservar fragmentos, pois, se preciso for, o material permanecerá preservado para uma nova análise", diz a especialista.

Apaixonada pela área que abraçou, Regina Branco não mede esforços para levar adiante as pesquisas que realiza. Para driblar a falta de equipamentos que precisava para desenvolver um estudo sobre vestígios deixados por arma de fogo, ela buscou ajuda na USP, no IPT e com policiais militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE).

Intitulado "Residuográfico azul", aquele estudo decorreu da necessidade de resolver problemas gerados por uma série de análises não-conclusivas. O quadro que se tinha era o seguinte: quando uma arma de fogo é disparada, resíduos metálicos ficam impregnados em quem atirou. Para fazer o exame residuográfico, os técnicos borrifam rodizonato de sódio nas mãos e vestes dos suspeitos. Os resíduos (chumbo e cobre, decorrentes da fabricação industrial) são identificados quando a reação química produz no local uma coloração avermelhada. Em alguns casos, porém, a reação resultava numa coloração azul, não citada na literatura até então, o que tornava as análises inconclusivas.

Intrigada, a perita pediu ajuda aos policiais militares do GATE, responsáveis pelas diligências às fábricas clandestinas de armas e munições. "Eles explicaram que quando estouravam esses galpões, encontravam muitos sais, como o óxido de ferro, utilizado para recarga dos cartuchos".

A identificação do óxido de ferro foi importante principalmente para esclarecer casos que ocorrem nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, onde o uso de munição clandestina é mais freqüente.

O trabalho rendeu à pesquisadora e aos policias do GATE, Luiz Antonio Alves e Eric da Silva Moura, o "Prêmio Polícia Cidadã", concedido em 2006 pelo Instituto Sou da Paz.
 




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