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Nov/Dez 2000 

 


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O plástico que conduz eletricidade


Os norte-americanos Alan Mac Diarmid e Alan Heeger e o japonês Hideki Shirakawa foram os ganhadores do Prêmio Nobel de Química deste ano, honraria concedida pela Real Academia Sueca de Ciências. Eles são os responsáveis por uma pesquisa publicada na década de 70 e que provou que os polímeros, tradicionalmente conhecidos como isolantes elétricos, também podem ter função inversa, ou seja, conduzir eletricidade. A partir de um fenômeno chamado eletroluminescência, os polímeros condutores podem ser usados na produção de dispositivos capazes de emitir luz. As aplicações também permitem a produção de substâncias antiestáticas para filmes fotográficos, protetores contra a radiação eletromagnética emitida por telas de computadores, inibidores de corrosão entre outras. US$ 915 mil, foi o valor do prêmio entregue e dividido entre os pesquisadores.
 
Para se tornar um condutor, o polímero precisa, como um metal, ter elétrons livres e a primeira condição para que isso ocorra é que exista uma alternância entre as ligações simples e duplas de carbono, situação conhecida como ligação dupla conjugada. Tal configuração é encontrada no poliacetileno, um polímero composto por várias moléculas de acetileno, representado na figura 1.
 

Mas para se tornar um bom condutor elétrico, o polímero também precisa passar por um processo chamado de "dopagem", que lhe dará a capacidade de ganhar ou perder elétrons por meio de reações de oxidação ou redução. São os "buracos" abertos por aqueles processos na cadeia de elétrons que permitem a passagem da corrente elétrica.

O conhecido jogo de encaixe representado na figura 2 é um modelo simplificado de funcionamento de um polímero "dopado". As peças não poderiam se mover se não houvesse pelo menos um espaço vazio entre elas. No modelo, cada peça representa um elétron. Quando um campo elétrico é aplicado, os elétrons passam a se movimentar velozmente para ocupar os espaços, criando assim a condutividade.

ERRO - Um erro cometido pelo japonês Shirakawa foi fundamental para a descoberta do polímero condutor de eletricidade. No início dos anos 70, ao adicionar uma quantidade de catalisador cem vezes superior ao necessário a um poliacitileno ele acabou criando um polímero orgânico que brilhava como a prata. Na mesma época, nos Estados Unidos, MacDiarmid e Heeger pesquisavam um polímero inorgânico de aparência metálica. Ao tomar conhecimento da descoberta de Shirakawa, MacDiarmid convidou o colega japonês para ir aos Estados Unidos.

Na América, os dois notaram uma mudança nas propriedades do poliacetileno após um processo de oxidação com vapor de iodo. Já ao lado de Heeger, mediram a condutividade do polímero e descobriram que ela havia crescido 10 milhões de vezes, alcançando grau de eficiência comparável ao do cobre e da prata (veja a figura 3). A descoberta foi publicada em um artigo assinado pelos três em 1977.


As informações desta página foram obtidas no site da Fundação Nobel (www.nobel.se




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