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Jul/Ago 2007 

 


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Empresa anuncia certificação de biopolímero de cana-de-açúcar


A Braskem anunciou em junho que é a primeira empresa do mundo a obter a certificação de um polietileno verde. O biopolímero tem como matéria-prima um produto que é um dos marcos da tecnologia química nacional: o etanol da cana-de-açúcar. Segundo o Engenheiro Químico Antônio Morschbaker, responsável pelo desenvolvimento de processos biopoliméricos da empresa, o polietileno obtido da cana-de-açúcar tem quase as mesmas propriedades do produto de origem petroquímica. A diferença está no Carbono-14, que o identifica como originário de fonte renovável e permite sua certificação.

Morschbaker conta que a Braskem já dominava a tecnologia de produção de eteno a partir do álcool da cana-de-açúcar. Também já havia fabricado PVC de fonte renovável, produção que abandonou por sua inviabilidade econômica. Porém, a demanda no Brasil e no exterior por produtos de origem renovável fez a empresa retomar seus projetos de pesquisa e desenvolvimento, desta vez com foco no polietileno.

O plástico obtido do polietileno verde não será biodegradável, mas poderá ser reciclado. “Ele tem a vantagem de poder ser reciclado várias vezes, ampliando seu ciclo vida”, destaca Morschbaker.

O custo do polietileno verde em relação ao petroquímico será de 15% a 20% maior. Mas a empresa acredita que, no futuro, com o crescimento da produção e o desenvolvimento da tecnologia, será possível obter um produto mais competitivo.

A Braskem informou que começará a fabricar o novo produto em escala industrial no final de 2009, com uma capacidade de produção instalada de 200 mil toneladas por ano. Segundo a empresa, já há compradores tanto no Brasil quanto no exterior. O polietileno verde será destinado à indústria automobilística e à fabricação de embalagens para cosméticos e alimentos.

PHB - Outro biopolímero brasileiro que saiu da bancada do laboratório e foi para a linha de produção é o polihidroxibutirato (PHB). Tema de artigo publicado em outubro de 1998 pelo Informativo CRQ-IV, ele foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT/SP). As patentes foram compradas por empresários do setor sucroalcooleiro do Interior Paulista, que constituíram a empresa PHB Industrial e instalaram uma unidade de produção piloto no município de Serrana.

O Biocycle, nome comercial dado ao PHB, é fabricado por um processo de fermentação, a partir do açúcar extraído da cana. Segundo o Engenheiro Químico José Pradella, técnico do IPT que coordenou as pesquisas, o polímero petroquímico a que mais se assemelha é o polipropileno, embora não seja tão flexível. Para o diretor da PHB Industrial, Sylvio Ortega, essa característica é um atrativo para as empresas que o utilizam em processos de injeção. Para outras aplicações, é possível usar aditivos que lhe conferem maleabilidade.

O PHB ainda é mais caro do que o polipropileno. "No entanto, se levarmos os impactos ambientais em consideração, quando produzido em escala comercial, ele será competitivo", contrapõe Ortega. Além de ter origem renovável, o Biocycle é um polímero biodegradável. Atualmente, a PHB Industrial produz 50 toneladas por ano do produto, que tem como principais destinos a Europa, os Estados Unidos e o Japão. A empresa pretende inaugurar, até 2010, uma planta industrial com capacidade anual de produção de 10 mil toneladas.

A continuidade das pesquisas sobre o PHB resultou na descoberta de outras matérias-primas de fonte renovável que podem ser empregadas na sua produção: bagaço de cana-de-açúcar hidrolisado, soro de leite e óleos vegetais.




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