Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 

Nov/Dez 2017 

 


Matéria Anterior   Próxima Matéria

Bioenergia - Conferência debateu como reduzir emissão de gases do efeito estufa


Especialistas estimam que iniciativas em diferentes setores serão necessárias para reduzir as emissões de gases estufa, manter o aquecimento global abaixo de 2 ºC até o fim do século e, dessa forma, minimizar os impactos da mudança climática para a humanidade. Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, a bioenergia tem lugar garantido nesse conjunto de soluções.

A avaliação foi feita durante a palestra de abertura da terceira edição da Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST). Organizado no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), o evento ocorrido em outubro, na cidade de Campos do Jordão (SP), discutiu a bioenergia como ferramenta para a construção de uma economia sustentável.

Arquivo pessoal

Brito Cruz, diretor científico da Fapesp

“Energia é essencial para o desenvolvimento. Nos próximos anos, países como China, África, Índia, Oriente Médio, Rússia e Brasil vão precisar de mais energia para criar uma vida melhor para sua população. Isso torna ainda maior o desafio de conter as emissões e, portanto, será preciso buscar novas formas de lidar com esse problema”, disse Cruz.

A bioenergia, acrescentou, pode ajudar a mitigar as emissões de gases de efeito estufa principalmente no setor de transportes – que atualmente é o que mais demanda energia no mundo (27% de toda a energia consumida). Para ele, a ideia de que os carros elétricos vão substituir totalmente os motores a combustão interna precisa ser vista com cautela, pois a indústria automobilística ainda precisaria superar o desafio de aumentar a autonomia dos veículos movidos a baterias.

“A conveniência de usar combustível líquido é relevante e ainda há espaço para os motores a combustão se tornarem menores e mais eficientes. A eletricidade e os biocombustíveis são soluções complementares e terão de trabalhar juntos. A demanda por biocombustíveis no futuro estará associada principalmente à aviação, navegação oceânica e viagens rodoviárias de longa distância”, completou o diretor da Fapesp.

Reprodução YouTube/aab

     Glaucia Mendes Souza, do Bioen

BIOECONOMIA – O presidente da Fapesp, José Goldemberg, destacou que até 2050 a bioenergia corresponderá a quase 30% de toda a energia usada no mundo. Atualmente, esse índice está em torno de 10%, segundo dados da International Energy Agency (IEA), organização intergovernamental autônoma criada no âmbito da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. “Por estar ciente dessa situação a Fapesp criou o Bioen, que desde sua criação em 2008 já recebeu R$ 80 milhões de investimento”, disse Goldemberg.

Glaucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do Bioen, afirmou que a BBEST nasceu praticamente ao mesmo tempo que o Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia com o intuito de congregar a academia e a indústria e fazer um esforço de comunicar os avanços no campo da ciência e da tecnologia para os formuladores de políticas públicas do setor.

“Nas edições anteriores da BBEST, conseguimos mostrar como a bioenergia pode interagir com questões como segurança alimentar, ambiental, climática e o desenvolvimento sustentável. Nos últimos três anos, começamos a pensar em todas essas questões de uma maneira mais integrada, buscando o desenvolvimento de uma bioeconomia. Por meio do Bioen, estamos desenvolvendo tecnologias para usar a biomassa e para fazer muitas outras coisas além do bioetanol, como combustíveis de aviação e bioprodutos que substituam aqueles hoje produzidos pela indústria petroquímica”, finalizou.






Relação de Matérias                                                                 Edições Anteriores

 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região