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Mar/Abr 2012 

 


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Seminário comemora Dia Mundial da Água


Com o tema Água - Química da Vida, a Comissão Técnica de Meio Ambiente do CRQ-IV organizou um seminário no dia 22 de março para comemorar o Dia Mundial da Água. Realizado no auditório da Fundação Armando Álvares Penteado, na capital paulista, o evento reuniu especialistas, professores, estudantes e convidados. Ao redor de 100 pessoas assistiram as apresentações feitas ao longo das 13 horas de duração. O encontro teve o apoio da Faculdade de Engenharia e do Centro de Estudos de Energia e Sustentabilidade, ambos da FAAP, e do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos de São Paulo (Sinquisp).

Ao fazer a abertura do seminário, o presidente do CRQ-IV, Manlio de Augustinis, lembrou que a data era especial, pois comemorava exatos 20 anos da divulgação, pela Organização das Nações Unidas (ONU), da Declaração Universal dos Direitos da Água. Segundo avaliou, trata-se de um documento que estimula a sociedade e os governantes a “refletirem e adotarem medidas efetivas em defesa desse precioso bem natural”. Augustinis afirmou que, dentro dos objetivos idealizados pela ONU, há anos o CRQ-IV tem dedicado o dia 22 de março para debater o tema. Também discursaram o diretor da Faculdade de Engenharia da FAAP, Francisco Carlos Paletta, e Aelson Guaita, presidente do Sinquisp.
 
A desembargadora federal Consuelo Yoshida, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, abordou o tema “Governança e Política de Recursos Hídricos”. Ela citou a legislação brasileira sobre o assunto, aspectos da Constituição que tratam de sustentabilidade e o estudo do procurador federal Alexandre Camanho relatando as preocupantes lacunas existentes na definição de políticas de uso dos recursos hídricos no País. A desembargadora afirmou que São Paulo é o estado brasileiro mais avançado em relação à questão dos recursos hídricos, tendo leis específicas para esta área desde 1991.
 
O engenheiro civil Paulo Massato Yoshimoto, Diretor Metropolitano da Sabesp, falou de questões relativas ao fornecimento de água e tratamento de esgotos na Grande São Paulo, explicando como a estatal tem direcionado seus investimentos para atender à crescente demanda por água à medida que a mancha urbana se amplia. Yoshimoto comentou sobre o programa de redução de perdas que está sendo desenvolvido pela empresa e das ações destinadas a reduzir o consumo. Citou, ainda, dados sobre o programa de reúso da água, que tem como principais clientes as prefeituras de Santo André, São Caetano, São Paulo e Barueri.

“Água: Acesso Decrescente e Importância Crescente” foi o tema da palestra do Bacharel em Química, professor da Faculdade de Engenharia da FAAP e pesquisador do Instituto de Pes­ quisas Energéticas e Nucleares, Afonso Rodrigues de Aquino. Ele abordou questões como os problemas na captação de água, as mudanças no regime de chuvas e a complexidade crescente dos parâmetros regulamentadores das normas de qualidade da água. Aquino lembrou que o maior consumo de água não é o direto, ou seja, o da água usada pelas pessoas para beber e fins de higiene, mas sim nos processos produtivos. A produção de um quilo de arroz demanda 1.500 litros de água, exemplificou.
 
Conflitos - “A água vai ser em breve o insumo mais importante deste planeta, vai superar todos os outros, dada sua relevância para todos os processos, não só os produtivos, mas também os de geração de energia, além de ser um bem essencial para a vida humana”, afirmou Aquino. Ele considerou o seminário muito importante porque reuniu três atores fundamentais: a educação, representada pela FAAP, o órgão regulador da profissão, representado pelo CRQ-IV, e o que congrega os profissionais, que é o sindicato. O pesquisador destacou como pontos mais relevantes do encontro a discussão de conceitos novos, como a pegada hídrica e a química verde. “Também discutimos as políticas na área ambiental e a atuação de órgãos estatais, como a Sabesp”. Na opinião dele, o seminário trouxe à luz as preocupações e uma visão global da questão da água não só do País, mas do mundo, e antecipou situações: “a gestão da água tem que ser muito bem conduzida, porque ela pode redundar em graves conflitos: entre municípios, entre povos, entre nações e pode gerar um grupo de excluídos, que seriam os sem-água”, alertou o especialista. 

Outros temas discutidos no seminário foram a “Pegada Hídrica”, por Albano Henrique de Araujo, do The Nature Conservancy; “Química Verde”, por Reinaldo Bazzito, professor do Instituto de Química da USP; “Preservação de Recursos Hídricos”, com o professor Renato Sanches, também do IQ-USP; “Impactos com a Nova Portaria de Potabilidade da Água”, com Márcia Moriebe, da Sabesp, Elayse Hachich e Denise Pires, da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb); e “Acidentes ambientais com Produtos Químicos”, com Jorge Luiz Gouveia, também da Cetesb.

O seminário foi encerrado pouco antes das 22 horas, após o debate “Potabilidade e Emergências Ambientais”, conduzido pela Comissão Técnica de Meio Ambiente do CRQ-IV.
 




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