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Mai/Jun 2001 

 


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Artigo fala sobre o mercado de cosméticos e como prepará-los
Autor(a): por Hélio Wiebeck, Sérgio Carvalho de Araújo e Adilson Santiago


Uma pesquisa divulgada em setembro do ano passado pelo jornal "The Economist" revelou que os brasileiros estão entre os povos que mais se preocupam com a aparência pessoal. No que se convencionou chamar de "ranking da vaidade", o País apareceu no 7º lugar, entre os 30 pesquisados, com uma média de vaidade entre homens e mulheres de 30%. A média mundial foi de 23%, para mulheres, e de 16%, homens. Os Estados Unidos ficaram em 9º lugar, com 22%. O índice se baseou no tempo que as pessoas gastam para cuidar de sua aparência.
 
Mesmo pensando só em termos de Brasil, a pesquisa pode ser vista como um indicador do potencial de crescimento para a indústria de cosméticos no País. Na década de 90, o consumo de cosméticos no Brasil registrou aumento de 73%, segundo dados publicados pelo jornal "O Estado de São Paulo". Tal crescimento estimulou investimentos, que passaram de U$ 1,75 bilhões (1990) para mais de U$ 4 bilhões (2000), gerando empregos na indústria e comércio.
 
A maior participação da mulher no mercado de trabalho foi fator preponderante para a alavancagem do setor, pois o uso de produtos de beleza é geralmente necessário à manutenção da boa aparência no ambiente empresarial. E por sua vez, colocando tabus de lado, os homens também se tornaram grandes consumidores de cosméticos.

Mais do que mera manifestação de vaidade, cultivar uma boa aparência passou a ser vista como uma demonstração de cuidados com a saúde. Além disso, a boa apresentação pode ser fator determinante na conquista ou manutenção do emprego.
 
Mercado

O mercado de cosméticos é dominado por companhias de grande porte, mas há espaço para empresas pequenas e até microempresas, desde que seus gestores estejam preparados para enfrentar a concorrência e sejam criativos para encontrar nichos pouco explorados ou até desprezados.
 
Por tais razões, o desenvolvimento de um cosmético deve começar por uma pesquisa de mercado. Em seguida devem ser identificadas as matérias-primas cujas propriedades permitam a fabricação do produto desejado pelo consumidor. Como exemplo, podemos citar algumas propriedades de vitaminas usadas em produtos de beleza: vitamina A (palmitato de retinila) - aumenta a elasticidade da pele; vitamina B5 (ácido pantotênico) - hidrata os cabelos e aumenta a resistência à quebra; vitamina C (ácido ascórbico) - neutraliza os radicais livres que agridem a pele e protege contra radiação UV.
 
Mas apenas isso não basta, pois o sucesso nesse mercado depende de outros cuidados. É condição básica que a empresa conte com profissionais da química especializados na área para garantir a qualidade e a segurança dos produtos. Tendo um químico como responsável técnico, a empresa precisará se registrar nos CRQs. O registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária também deve ser feito.
 
Bons profissionais, contudo, pouco poderão fazer se não tiverem em mãos ferramentas tecnológicas que permitam a aplicação de seu potencial técnico. O uso de um equipamento mal dimensionado, por exemplo, poderá causar problemas na mistura dos componentes.
 
Apresentamos no quadro abaixo a formulação típica de um banho de espuma emoliente, com a descrição da função de cada componente utilizado.
 
Banho de espuma emoliente
Componente
% em massa
Água
47,75
Lauril Éter Sulfato de Sódio
40,00
Anfóteros Betainicos
7,00
Mono e di-alcanolamida
3,00
Ésteres isopropílicos
2,00
Agente conservante
0,20
Ácido cítrico
0,05
Corante
qs*  
Essência
qs*

Função dos componentes da formulação:
  • Água : solvente universal.
  • Lauril Éter Sulfato de Sódio: tensoativo aniônico, promove a formação de espuma e a limpeza.
  • Anfóteros Betainicos: suavizante e espessante. Tensoativo de baixa irritabilidade.
  • Mono e di-alcanolamida: tensoativo não iônico , espessante, reengordurante e estabilizante de espuma.
  • Ésteres isopropílicos: mantém a gordura da pele
  • Agente Conservante: protege a formulação contra a ação de microorganismos.
  • Acido cítrico:usado para acerto de PH ou neutralização da formulação.
  • Corante : fornece a coloração desejada ao produto.
  • Essência: aromatizante.
  • (*) Quantidade suficiente
Autores:
Prof. Dr. Hélio Wiebeck , Instituto de Química da Universidade de São Paulo (hwiebeck@usp.br); Dr. Sérgio Carvalho de Araújo, trabalha no Disque Tecnologia, serviço de apoio a empresas mantido pela Universidade de São Paulo (drsca@hotmail.com) Dr. Adilson Santiago, engenheiro químico, é diretor da Help Consultoria e Treinamento (adilsonsantiago@uol.com.br).
 




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