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Jul/Ago 2002 

 


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Editorial : A sua importância nas eleições de outubro


Quando você estiver recebendo esta edição do Informativo restará pouco mais de um mês para as próximas eleições. E o que o profissional ou o estudante da área da química têm a ver com isso? Para muitos, política é algo de que se deve manter distância. Os escândalos, as falcatruas e os desvios de dinheiro público de fato chocam, causam nojo e acabam nos fazendo crer que o mundo não terá jeito mesmo enquanto estiver nas mãos dos políticos. Mas será que tratar a política com desdém é uma postura inteligente?

Morto em meados do século passado, o alemão Bertold Brecht, um dos mais importantes escritores e dramaturgos da história contemporânea, fez um dia o seguinte comentário sobre pessoas que não querem ver políticos nem pintados de ouro: "O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra e corrupto. O analfabeto político é lacaio dos exploradores do povo."

O texto de Brecht é, sem dúvida, bastante pesado. Algumas pessoas podem até se sentir ofendidas após sua leitura. Mas se você está entre elas, antes de ficar bravo com o alemão ou com o Informativo, reserve alguns minutos para refletir sobre o caso. Considere que, queiramos ou não, as eleições vão acontecer, até porque vivemos numa democracia. Pense que, queiramos ou não, vários candidatos aos mais diversos cargos já lançaram suas campanhas. Lembre-se que, queiramos ou não, todos nós seremos obrigados a comparecer a uma seção eleitoral para votar. Então, gostemos ou não de política, fazemos parte dela. E já que temos o direito de escolher, seria racional abrir mão dele?

Mas quem escolher? É realmente difícil saber se as promessas feitas em campanhas são sinceras ou só conversa mole de quem as faz. A alternativa então é escolhermos alguém com algum histórico na defesa de nossos interesses. Pode ser alguém que já tentou fazer algo pela melhoria das condições de vida de nossa cidade, de nosso Estado etc. Outra possibilidade é optar por alguém que conheça e se proponha a trabalhar de modo ético pela valorização de nossa profissão. Sabemos que há diversos médicos, farmacêuticos, advogados e engenheiros que se elegeram graças ao apoio que receberam de seus colegas de profissão.

Infelizmente, nenhum dos candidatos à presidente, governador ou senador tem ligações com os profissionais da química. Mas há colegas candidatos a deputados estaduais e federais e que, por poderem ter o Poder Legislativo como futuro palco de atuação, poderão exercer influência decisiva na criação de leis de nosso interesse. Muitos não sabem, mas o CRQ-IV, por exemplo, está sempre envolvido em disputas judiciais simplesmente porque muitas leis que regulam nossa profissão permitem múltiplas interpretações. Veja em recentes edições do Informativo (e nesta também) "brigas" envolvendo principalmente os técnicos de nível médio.

Os argumentos colocados neste breve editorial buscaram mostrar a importância do envolvimento político para se alcançar objetivos comuns. Por ser uma entidade pública e apartidária, o CRQ-IV não pode defender e nem indicar candidatos, mas entende que é sua obrigação chamar a atenção para u m assunto tão delicado. Valorize sua cidadania escolhendo com critério seus representantes.

Mas se você achou uma bobagem tudo o que está escrito aqui, preste atenção no alerta feito há alguns anos pelo historiador inglês Arnold Toynbee: "O castigo maior para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam dela". 




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