Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 

Mai/Jun 2003 

 


Matéria Anterior   Próxima Matéria

Etelvino Bechara vence o Prêmio Fritz Feigl


A edição 2003 do Prêmio Fritz Feigl foi vencida pelo professor doutor Etelvino José Henriques Bechara, professor titular do Instituto de Química da Universidade de São Paulo. Concurso realizado pelo CRQ-IV, Bechara receberá um troféu, um certificado e a importância líquida de R$ 30 mil. A entrega dos prêmios Fritz Feigl e CRQ-IV (veja os ganhadores na página ao lado) ocorrerá dia 13 de junho, na sede do Conselho, durante cerimônia em comemoração ao Dia do Profissional da Química. O Fritz Feigl de 2003 foi um dos mais disputados dos últimos anos. Concorreram 13 profissionais que trabalham nas áreas de ensino e/ou pesquisa, todos de altíssimo gabarito.

Natural de Serra do Caparaó (MG), Bechara diz que seu interesse pela química e pela biologia foi despertado por Ilza Campos Saad, sua professora no curso ginasial de Manhuaçu (MG) e reforçado ainda mais pelo Drº Márcio Esteves Moura, que lhe deu aulas no curso técnico-agrícola da Universidade Federal de Viçosa (MG). Mais tarde, mudou-se para São Paulo, onde foi trabalhar nos laboratórios de controle de qualidade de matéria-prima e produção da Celosul, fábrica das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. Lá conheceu Alexandre Dubson (ex-professor nas universidades de Moscou, Pequim e Roma), que o estimulou a aperfeiçoar-se como técnico químico. Sob a orientação de Dubson, um ano mais tarde alcançou o cargo de analista químico responsável pela seleção de métodos analíticos daquela empresa.

O ingresso na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL- USP) aconteceu em 1965. Naquele mesmo ano, Bechara começou a lecionar química orgânica no cursinho do Grêmio da FFCL. Em 1968, ao lado de outros professores, fundou o Equipe Vestibulares, que depois se tornou o conhecido Colégio Equipe, um ícone dos anos 70 por ser um centro de manifestações culturais e políticas.

Em seu doutorado, em 1972, utilizando-se apenas de mano­me­tria, espectrofotometria e cromatofia de troca iônica, sob a orientação do professor Giuseppe Cilento, descreveu um modelo químico pa­ra síntese do ATP no sítio I da cadeia respiratória, trabalho este publicado na Biochemis­try. Prosseguindo em sua trajetória acadêmica, realizou estudos de pós-doutoramento, em 1974, com o professor Emil White, da Universidade Johns Hopkins (EUA). Entre 1975/6, já como pesquisador associado da Universidade de Harvard, trabalhou na síntese e estudo da termólise de dioxitanos.

Desde 1980, Bechara tem centrado suas atenções na elucidação de mecanismos moleculares de geração e comportamento de radicais livres e espécies eletronicamente excitadas ao estado singlete e triplete em sis­temas químicos e biológicos. São considera­das de alta relevância médica seus trabalhos em favor da teoria de radicais como agentes tóxicos implicados nas manifestações clínicas de porfirias químicas e inatas associadas à autooxidação do ácido 5-aminolevulí­nico; o papel pró-oxidante da neurotoxina 6-hidroxi­dopamina na esquizofrenia e psicose maníaco-depressiva provoca­dos por exposição a poluentes químicos em áreas industriais.

Ele também identificou novas reações quimiluminescentes catalisa­­das por peroxidases ou iniciadas por peróxinitrito, desvendou mecanismos de permeabilização de mitocôndrias dependentes de um pró-oxidante e íons cálcio. Estudou ainda sondas supressoras de luminescência química e enzimática para uso em sistemas biológicos e mecanismos de corrosão de resinas de acabamento de automóveis por ovos de insetos aquáticos, assunto, aliás, que foi tema de artigo publicado na edição janeiro/fevereiro de 2001 do Informativo CRQ-IV.

Prêmios e distinções não são novidades na carreira deste profissional. O fato de poder homenageá-lo e contribuir para aumentar ainda mais sua coleção de troféus é um motivo de grande satisfação para o Conselho e que fortalece a condição do CRQ-IV como entidade de classe.




Relação de Matérias                                                                 Edições Anteriores

 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região