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Nov/Dez 2005 

 


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Estudo sobre metátese ganha Nobel
Autor(a): Antonio Carlos Massabni


A Real Academia Sueca de Ciências conferiu neste ano de 2005 o prêmio Nobel em Química aos pesquisadores Yves Chauvin, do Instituto Francês do Petróleo (França); Robert H. Grubbs, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA); e Richard R. Schrock, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT (EUA).

O prêmio foi conferido pelo trabalho desenvolvido pelos três pesquisadores em síntese orgânica envolvendo uma reação química chamada metátese. Nesta reação, as duplas ligações das olefinas são quebradas e os átomos de carbono podem formar novas duplas ligações com outros substituintes. É como se houvesse uma troca dos grupos orgânicos ligados à dupla ligação da olefina. Por isso mesmo, a reação é comparada a uma dança na qual os pares trocam de parceiros constantemente. Aliás, metátese significa mesmo "troca de lugares".

A metátese é uma reação que ocorre em presença de um catalisador metálico. O catalisador utilizado por Grubbs (chamado de catalisador de Grubbs) é um composto organometálico de rutênio e o catalisador de Schrock é um composto organometálico de molibdênio (vide figura 1).

Em 1990, Schrock foi o primeiro pesquisador a sintetizar um eficiente composto organometálico de molibdênio para a reação de metátese e, dois anos depois, Grubbs obteve um outro catalisador de rutênio mais eficiente e mais estável ao ar do que o de molibdênio. Já Chauvin, em 1971, explicou em detalhes como funcionam as reações de metátese e qual tipo de composto metálico funciona como catalisador.
 

Aplicações

As reações de metátese são muito utilizadas na indústria química principalmente para se obter novos produtos farmacêuticos e polímeros, como os materiais plásticos, com novas propriedades. Essas reações são importantes ferramentas na produção de novas drogas de combate a doenças como câncer, Alzheimer e AIDS. Elas também poderão ser usadas para fabricar herbicidas e combustíveis.

Os trabalhos dos três pesquisadores constituem contribuições efetivas para o desenvolvimento de novos métodos catalíticos em sínteses orgânicas. Os processos são mais eficientes (menor número de etapas, menos produtos secundários e menor custo), mais simples (catalisadores estáveis ao ar, temperatura e pressão ambientais) e menos agressivos ao meio ambiente (solventes não tóxicos e menos subprodutos tóxicos).

Por estas razões, os vencedores do Nobel ofereceram uma importante colaboração ao desenvolvimento da chamada "química verde", porque seus estudos contribuíram para a redução do lixo tóxico em potencial que se forma nos processos químicos industriais. A premiação é um reconhecimento internacional de como a pesquisa em química básica pode ser aplicada para beneficiar o homem, a sociedade e o meio ambiente.

Para mais informações consulte:
  • Fundação Nobel: www.nobel.se  .
  • Chemical & Engineering News – Olefin methatesis: big-deal reaction vol. 80, nº 51, p. 29-33 (2002).
  • Chemical & Engineering News – Olefin methatesis: the early days vol. 80, nº 51, p. 34-38 (2002).autor é professor aposentado do Instituto de Química da Unesp/Araraquara/SP, conselheiro suplente do CRQ-IV e membro da Comissão de Divulgação da entidade. Contatos: amassabni@uol.com.br .




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