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Set/Out 2022 

 


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Conhecido composto pode ser base de medicamento para tratar a covid-19


Químicos russos propõem uso do salen para atacar proteína que protege o vírus

Usando o método de encaixe molecular, uma equipe de químicos da Rússia descobriu que o composto orgânico salen é capaz de ligar efetivamente várias proteínas do coronavírus SARS-CoV-2. Ao mesmo tempo, o composto apresenta a maior atividade em relação à proteína não estrutural nsp14, que impede a destruição do microrganismo. Os cientistas acreditam que os dados obtidos podem ser úteis para o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos eficazes para combater infeções causadas pelo novo coronavírus. Revisados por pares, os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista Polycyclic Aromatic Compounds.

“Nosso estudo se concentrou em um composto bem conhecido, o salen. Tentamos avaliar a atividade potencial deste composto contra uma série de proteínas do vírus SARS-CoV-2, que é a causa da doença covid-19, de um ponto de vista “preditivo”. Conseguimos descobrir que o salen pode interagir potencialmente com as proteínas estudadas. Os melhores resultados foram obtidos para a proteína não estrutural nsp14, que atua protegendo o vírus de sua destruição”, explicou Damir Safin, engenheiro de pesquisa do Laboratório de Síntese Orgânica da Universidade Federal dos Urais (UrFU).

Damir Safin

Amostra de salen, composto fácil e relativamente barato de ser sintetizado, dizem os cientistas

Salen é um composto orgânico derivado de salicilaldeído e etilenodiamina e é um dos representantes mais conhecidos das bases de Schiff, que têm grande importância devido as atividades antibacteriana, antifúngica e antiparasitária que possuem. Os compostos do tipo salen são conhecidos por sua capacidade de coordenar diversos metais, estabilizando-os em vários estados de oxidação, o que é de particular interesse para aplicações práticas. Compostos complexos de metal de derivados de salen também são usados ativamente como catalisadores.

O salen contém dois átomos de hidrogênio “móveis” de grupos hidroxila. Cada um desses átomos pode se mover para átomos de nitrogênio, constituindo assim diferentes formas da molécula. Esse processo é chamado de tautomerização e os participantes desse processo são tautômeros ou formas tautoméricas, conforme explicam os pesquisadores.

“Estávamos interessados em avaliar o potencial interação de vários tautômeros de salen com proteínas SARS-CoV-2 para identificar a forma tautomérica ideal da molécula estudada em termos de eficácia da interação com proteínas. Claro, nossa pesquisa é apenas o primeiro passo para entender como o salen pode ser usado no combate ao covid-19, ainda há muito a ser explorado. No entanto, os resultados obtidos por nós inspiram certo otimismo”, acrescentou Damir Safin.

O estudo foi realizado por cientistas do Centro de Inovação de Tecnologias Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de Ural, Universidade Estadual de Kurgan e Universidade Estadual de Tyumen. O trabalho foi apoiado pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior da Federação Russa.

Com informações da Universidade
Federal dos Urais/Rússia





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