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Set/Out 2022 

 


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Grupo busca capturar CO2 gerado pela queima da biomassa da cana


Trabalho reúne pesquisadores da Poli/USP e da Universidade Federal do Ceará

Freepik

Pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e Federal do Ceará (UFC) investigam se é possível, por meio de sistemas de adsorção, capturar dióxido de carbono (CO2) de gases provenientes da combustão de biomassa da cana-de-açúcar.

A adsorção é o processo físico-químico em que as moléculas, átomos ou íons ficam retidos na superfície de uma substância, em geral, substâncias sólidas.

“Esse processo já é utilizado para outras finalidades, como para limpar uma corrente de ar contaminada por amônia ou purificar gás natural. Porém, ainda não foi aplicado para capturar CO2 a partir da biomassa que gera o etanol. Essa é uma das novidades da nossa pesquisa”, explicou Marcelo Martins Seckler, professor da Escola Politécnica (Poli) da USP e coordenador do projeto “Otimização de sistemas de adsorção por modulação de temperatura – Temperature Swing Adsorption (TSA) – para captura de CO2”.

O projeto é desenvolvido no âmbito do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP e Shell.

O processo de separação mais empregado é o de absorção, no qual o gás passa por um líquido, que então captura o CO2. Entretanto, esse processo consome bastante energia, diz Seckler. Já o processo de adsorção utilizado na pesquisa é mais econômico, pois o líquido é substituído por um material sólido altamente poroso, completa. “Um grama dessa partícula pode abrigar cerca de mil metros quadrados de poros. Com essa característica, o material tem grande capacidade de atrair o gás carbônico, tornando o processo de captura de mais rápido e eficaz”, compara.

Pequena e grande escala – O projeto está sendo conduzido em duas frentes. Em uma delas, pesquisadores da UFC estudam o processo de adsorção de forma experimental em pequena escala. “É um grupo especializado nesse tipo de operação, com ótima infraestrutura laboratorial. Eles farão experimentos para compreender como os gases oriundos da biomassa se comportam durante a adsorção”, relata Seckler. “O motivo é simples: queremos entender de que forma podemos fazer a separação eficiente de CO2 na presença de impurezas típicas desse gás”, diz.

Em outra frente, pesquisadores da USP estudarão a viabilidade de aplicar a proposta em grande escala, como no caso de uma usina de cana-de-açúcar. Como não existe ainda um equipamento industrial construído para esse fim, a equipe vai simular todo o processo em computador. “Precisamos pensar, por exemplo, nos detalhes construtivos do equipamento para evitar problemas como o da má distribuição de gás e de material sólido. Isso porque, quando esses dois elementos não se distribuem de maneira uniforme no interior do equipamento, não conseguem interagir de forma ideal, o que, consequentemente, prejudica o processo de separação”, explica Seckler.

Por fim, os pesquisadores irão interligar os estudos experimentais e de modelagem para desenvolver métodos de projeto para a indústria. “Os conhecimentos gerados vão permitir, por exemplo, que se ofereçam subsídios para empresas interessadas em construir equipamentos capazes de capturar CO2 de gases provenientes da combustão de biomassa da cana-de-açúcar. No futuro próximo, esses equipamentos poderão ser instalados em indústrias do setor sucroalcooleiro e contribuir para a produção do etanol verde, sem emissão de CO2”, prevê o professor da Poli/USP.

 

Com informações da Assessoria
de Comunicação do RCGI





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