Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 

Mai/Jun 

 


Matéria Anterior   Próxima Matéria

UFMG desenvolve fungicida com nanopartículas de nióbio


Atóxico, produto tem potencial para proporcionar grandes benefícios ao agronegócio

 

 

 Foca Lisboa/UFMG

 

Professor Luiz Carlos Oliveira com a solução que dá origem ao fungicida: formação de nanopelícula protetora

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um fungicida de tecnologia nacional, totalmente atóxico e com eficiência comprovada em testes in vitro, in vivo e no campo. O fungicida, que também apresenta características de bioestimulação, vale-se de uma tecnologia que usa nanopartículas de nióbio em sua composição e teve como resulta um produto inovador e versátil.

“Quase todo fungicida usado no Brasil é importado e, além de ter custo alto, é um produto de origem química/sintética que demanda cuidados em sua utilização devido aos diferentes níveis de toxidez. Desenvolvemos uma molécula de nióbio inédita e encontramos uma alternativa de grande potencial para esses problemas”, explica o professor Luiz Carlos Oliveira, do Departamento de Química da UFMG.

O uso das nanopartículas de nióbio na agricultura começou a ser estudado pelo grupo do professor Oliveira em 2020, em decorrência do dilema enfrentado pelo agronegócio, especialmente com o complexo de doenças fúngicas hoje instalado na cultura de soja. O fungicida criado pelos pesquisadores da UFMG é inorgânico – tem como base um mineral, o nióbio – e de baixo impacto ambiental. Atóxico, ele não provoca irritação ocular, efeito comum nos defensivos hoje comercializados.

Do laboratório ao campo – Na primeira fase de testes (in vitro), o produto já apresentou resultados promissores. Em um segundo momento, os testes foram realizados in vivo e, finalmente, no campo. Nesta última etapa, as avaliações são feitas por empresas especializadas em ambientes de testagens, onde a tecnologia enfrenta os desafios da vida real. Os primeiros testes estão sendo feitos em culturas de soja e têm confirmado os resultados apresentados nos laboratórios.

brgfx/Freepik

 
 

Luiz Carlos Oliveira explica que os testes mostram que a aplicação da nanoestrutura induz a formação de uma espécie de nanopelícula protetora nas folhas da soja, que atua como barreira molecular fotoativa e propicia uma proteção física, além de interferir no processo respiratório do fungo, evitando a sua proliferação. O professor lembra que estudos já realizados em diferentes cultivos, como sementes de milho, trigo e amendoim, também mostraram que o fungicida parece atuar como solução pós-colheita, propiciando proteção eficaz de grãos e sementes que ficarão armazenadas.

Ao comparar a eficácia do produto desenvolvido pela UFMG com aqueles mais usados no mercado, os estudos mostraram que a margem na eficiência de inibição do fungo foi similar em todas as concentrações testadas, com resultados próximos aos 100% de inibição quando em
concentrações mais altas.

Com relação aos estudos feitos para a ferrugem de café, doença provocada por Hemileia vastatrix, que provoca a queda precoce das folhas e a secagem dos ramos, os resultados, segundo Oliveira, foram ainda melhores quando comparados aos obtidos pelo produto-padrão, importado e mais usado em âmbito mundial. Nesse caso, a tecnologia da UFMG apresentou eficácia mais de duas vezes superior.

O engenheiro agrônomo Francisco Adriano de Souza, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo em Sete Lagoas, alimenta expectativas positivas em relação ao produto. “Se os resultados apresentados
até o momento pelos pesquisadores da UFMG se confirmarem e essa tecnologia passar pelo crivo de segurança ambiental e toxicológico, teremos um grande achado, a descoberta de uma nova classe de fungicidas”, afirma o pesquisador. Souza alerta para a necessidade de mais investimento nas pesquisas para que se conheça, com profundidade, a forma como o produto age e os seus eventuais efeitos colaterais. “Essa descoberta pode contribuir para a segurança alimentar mundial”, prevê o pesquisador.

A efetividade da tecnologia em diferentes solos e climas está sendo testada em plantações de soja em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Paraná. Neste último estado, o fungicida também já está sendo testado em culturas de milho e de trigo.

 

Foca Lisboa/UFMG

 

Produto desenvolvido com nanopartícula de nióbio para desativar o novo coronavírus

Mercado bilionário – O Brasil é o quarto maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo (6,67%) em volumes totais, ficando atrás apenas da China, o maior consumidor mundial (41,94%), da União Europeia (13,71%) e dos Estados Unidos (11,96%). Esses produtos são utilizados especialmente nas culturas de soja, milho e algodão (54,84%), cana de açúcar (12,39%) e café (2,70%). Sua utilização no mercado mundial movimenta cerca de US$ 60 bilhões, considerando as 20 maiores indústrias do setor, sendo US$ 12,9 bilhões somente no Brasil.

A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da UFMG tem potencial para movimentar o mercado, que hoje é dominado por dez empresas globais. De acordo com o professor Luiz Carlos, o pedido de patente já foi protocolado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e a tecnologia está licenciada para a Nanonib, startup com plataforma tecnológica, sediada no Parque Tecnológico de Belo Horizonte.

A nanopartícula de nióbio já é objeto de pesquisas na UFMG há mais de dez anos, com ênfase em tecnologias direcionadas aos cuidados com a saúde, sobretudo em materiais para a odontologia, cosméticos e energia renovável. Na pandemia, os estudos acabaram direcionados ao combate ao vírus Sars-CoV2, resultando em produto com ação antisséptica para as mãos que inativa o vírus instantaneamente.

Com informações de Isaura Mourão e Janaína Coelho, da UFMG.

 

 

 


 

Conselho volta a participar de feiras presenciais

 

Com o arrefecimento da pandemia de Covid-19 e a volta dos eventos presenciais, o CRQ-IV firmou várias parcerias que possibilitarão sua participação em feiras envolvendo diversos segmentos da área.

 

Na foto, a gerente de fiscalização da entidade, Andrea Mariano, marca presença na FCE Cosmetic, que ocorreu de 7 a 9 de junho. Ao lado dela, Thiago Nobre, do Instituto Racine, instituição parceira de longa data do Conselho.

 

Acesse www.crq4.org.br/eventos   para conferir as próximas feiras que terão a participação da entidade.

 
     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 





Relação de Matérias                                                                 Edições Anteriores

 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região