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Jan/Fev 2020 

 


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Energia - Universidade Federal do RN cria versão mais sustentável do biodiesel


Shutterstock

Pesquisa feita na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) resultou no desenvolvimento de uma versão mais sustentável do biodiesel, já que utiliza a glicerina resultante do processo tradicional de produção desse combustível. Igor Micael Alves Uchoa, um dos autores do estudo, intitulado “Formulação de Combustíveis Microemulsionados à Base de Diesel Glicerina”, explica que o novo produto, que já foi patenteado, proporciona eficiência energética similar ao biodiesel tradicional, mas com ganho da lubricidade e emissões mais limpas.

“A patente consiste em uma nova formulação de um combustível diesel, com a inserção de glicerina, fruto de resíduo do atual processo de formulação. Em linhas gerais, ao parar em um posto de combustível, um ônibus ou caminhão, por exemplo, abastece com um combustível que é formado por 90% de diesel mineral e 10% de biodiesel”, explica Uchoa. No processo de produção, após a reação entre um óleo ou uma gordura de origem vegetal ou animal, é gerado o biodiesel em si e a glicerina, normalmente também numa proporção de 90% e 10%. “Com a nossa formulação, há uma destinação para esse resíduo, pois devolvemos a glicerina para ser aproveitada, sem descarte”, complementa o pesquisador, que desenvolveu parte do estudo durante o mestrado em Engenharia Química na UFRN e que recentemente concluiu o doutorado no mesmo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química.

Atualmente lecionando no Instituto Federal da Bahia, Uchoa pontuou que o mercado já não consegue absorver a glicerina gerada na produção de biodiesel, mesmo sendo boa parte desse resíduo destinado às indústrias de cosméticos e alimentos. Para ele, o mérito do trabalho está em resolver dois problemas: dar uma destinação à glicerina e melhorar a eficiência do combustível mineral.

Além disso, ele lembra que, de acordo com a legislação em vigor, até 2023 o percentual de biodiesel no diesel terá incremento de 50% em relação à atual proporção. “Portanto, haverá um grande crescimento da demanda, sobretudo na hipótese concomitante de crescimento econômico. Solucionando os inconvenientes no descarte do excesso de glicerina gerado na produção do biodiesel, casado com o aumento da qualidade lubrificante e a menor emissão de poluentes, há condição de puxar o preço para baixo com a utilização desses outros componentes”, calculou.

Devido aos resultados promissores da nova tecnologia, o diretor da Agência de Inovação (AGIR) da UFRN, Daniel Pontes, pontuou que a equipe da unidade buscará transformar a tecnologia em produto rentável, disponibilizando-o para uso e benefício da sociedade, por meio do investimento da iniciativa privada.

Divulgação

Igor Uchoa fez parte do estudo durante seu mestrado

“Patentear um processo ou produto tem importância para garantir os direitos de quem os desenvolveu e, assim, garantir os méritos e direitos sobre o trabalho. Porém, o mais importante e gratificante seria repassar os conhecimentos para o setor produtivo e fazer com que a invenção se torne útil à sociedade. Mas essa etapa não tem sido fácil, pois as empresas dificultam muito essa aquisição e, assim, as patentes ficam estocadas aguardando oportunidades”, colocou a pesquisadora Tereza Neuma de Castro Dantas. Além de estar entre os autores da pesquisa que elaboraram a formulação do novo biodiesel, ela também integrou a equipe responsável pela primeira patente concedida à UFRN, no ano de 2014.

Ao lado de Igor Uchoa e Tereza Dantas, a equipe também foi integrada pelos pesquisadores Manoel Reginaldo Fernandes, Eduardo Lins de Barros Neto e Afonso Avelino Dantas Neto.

Ranking – A UFRN alcançou, em 2019, o posto de 13ª instituição pública com maior número de patentes requeridas, segundo o Ranking Universitário Folha (RUF), divulgado em outubro pelo jornal Folha de S.Paulo. Além disso, com 21 cartas-patente concedidas, a UFRN é a universidade líder no Norte-Nordeste brasileiro.

Com informações da UFRN





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