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Jan/Fev 2020 

 


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Tabela Periódica - Pesquisadores do Senac criam versão gigante e jogo interativo


Fotos: CRQ-IV

Modelo é usado em jogo interativo para ensinar alunos de cursos de engenharia da instituição

 

A união de esforços do professor de Química Alexandre Saron e do estudante João Lucas Melo de Oliveira, ambos do Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, resultou na elaboração de um modelo da Tabela Periódica com base em um projeto de pesquisa conduzido por ambos, cujo principal objetivo é propor uma metodologia ativa de ensino e aprendizagem de Química para cursos de Engenharia mantidos pela instituição. Implementada no segundo semestre de 2019, a estrutura tem sido utilizada na forma de um jogo interativo (veja detalhes no item “Regulamento”).

 

Atividades com a tabela foram iniciadas no segundo semestre de 2019, explica o professor Alexandre Saron  

Segundo o professor, que coordena o projeto e ministra a disciplina de Química Geral nos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Engenharia de Computação e Engenharia de Produção, a direção do Senac solicitou um trabalho alusivo ao aniversário de 150 anos da Tabela Periódica, completados em 2019. “Fizemos um protótipo em meados do ano passado utilizando o laboratório do curso de Design Industrial e, com a aceitação da diretoria, conseguimos iniciar as atividades com a tabela no segundo semestre”, relata Saron.

 

João Lucas, que está no quinto semestre do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, recebe uma bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para um projeto de iniciação científica sobre metodologia ativa de ensino de cinética química. Seu interesse por métodos de ensino levou o professor Saron a convidá-lo para participar de seu projeto, que teve na tabela uma oportunidade para aplicação dos conceitos desenvolvidos.

 

O estudante acredita que a tabela pode ser um importante recurso de apoio para aulas de Química. Assista o depoimento concedido por ele ao Informativo CRQ-IV no vídeo abaixo.

 

 

ELABORAÇÃO – Feita sobre uma estrutura de madeira, com peças de plástico do tipo PVC representando os elementos, e medindo aproximadamente 2,20m de altura por 1,80m de largura, a tabela foi montada pelos pesquisadores em cerca de um mês. No total, o centro universitário investiu R$ 1,2 mil para a aquisição dos materiais. De acordo com Saron, o principal objetivo foi desenvolver uma ferramenta de facilitação do processo de ensino e aprendizagem.

 

“A tabela permitiu aos alunos realizar diversas atividades acadêmicas, divididos em grupos que disputavam um jogo interativo, sobre assuntos como distribuição eletrônica dos elementos e construção de moléculas, por exemplo. O retorno foi muito positivo, sendo que eles consideraram o método bastante distinto em relação ao que tiveram no Ensino Médio”, salienta.

 

  Tabela pode ser um importante recurso de apoio às aulas de Química, avalia João Lucas de Oliveira

Em 2020, os pesquisadores pretendem convidar estudantes e professores de escolas de Nível Médio para a realização de atividades com a tabela. Instituições e docentes interessados podem agendar visitas guiadas pelo e-mail agendavisita@sp.senac.br.

 

REGULAMENTO – O jogo interativo, denominado “Pegue o elemento!”, visa disseminar o conhecimento sobre a distribuição eletrônica dos elementos químicos e a utilização prática desta informação. Em linhas gerais, consiste na montagem de duas equipes de alunos. Ao sinal de iniciar, um integrante de cada time escolhe um dos elementos colocado em um cesto e o entrega ao seu grupo, que fará a distribuição eletrônica deste elemento a fim de descobrir o seu último nível de energia. Com base neste dado, a equipe deverá posicionar corretamente na tabela a peça que representa o elemento.

 

O mesmo procedimento é repetido com todos os elementos que estiverem no cesto. O grupo que concluir a atividade mais rapidamente receberá um ponto. Utilizando as informações obtidas sobre a energia de cada elemento na camada de valência, cada grupo terá como foco construir ligações químicas (metálicas, iônicas ou covalentes). O objetivo é entregar três moléculas contendo a fórmula de Lewis* (estrutural e molecular), juntamente com a nomenclatura e a massa molecular. Para cada molécula entregue, é concedido um ponto.

 

Na etapa final, os participantes devem responder a duas questões formuladas pelo professor. Cada resposta certa recebe mais um ponto. O grupo vencedor será aquele que acumular a maior pontuação na somatória de todas as fases.

 

*A fórmula eletrônica de Lewis, criada pelo físico-químico norte-americano Gilbert Newton Lewis (1875-1946), é a responsável por mostrar os elementos, elétrons da camada de valência de cada átomo, a quantidade de átomos que estão envolvidos e a formação de pares eletrônicos. Ao observar as ligações, Lewis verificou comportamentos semelhantes e propôs a regra dos octetos, segundo a qual os átomos presentes em diferentes elementos costumam estabelecer ligações químicas recebendo, doando ou até compartilhando elétrons. Assim, eles adquirem configuração eletrônica de gás nobre, ou seja, com exatamente oito elétrons na última camada ou, ainda, com dois elétrons se, no caso, o átomo possuir somente uma camada eletrônica. A fórmula eletrônica de Lewis é de extrema importância no estudo da Química, não somente porque mostra os elementos e quantidades de átomos que estão envolvidos, mas também por ser capaz de mostrar os elétrons que estão presentes na camada de valência e quantos pares são compartilhados. Mais detalhes sobre este assunto podem ser obtidos na página https://is.gd/formula_lewis.  

 








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