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Set/Out 2018 

 


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Indústria - "Química do futuro" foi tema de congresso feito pela Abiquim


Sustentabilidade e qualidade dos processos industriais foram alguns dos focos do evento


Nos dias 15 e 16 de agosto, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) realizou, na Capital, a 17ª edição do Congresso de Atuação Responsável. Com o tema “A Química do Futuro: universo de possibilidades e desafios”, o evento teve 650 participantes e abordou, por meio de ciclos de palestras em salas temáticas, diversos assuntos relacionados à saúde e segurança do trabalho, sustentabilidade e qualidade no processo produtivo.

Na sessão plenária de abertura, o presidente do Conselho Diretor da Abiquim e da Elekeiroz, Marcos Antonio De Marchi, destacou a trajetória do programa Atuação Responsável, implementado no Brasil pela entidade em 1992, como a versão brasileira do Responsible Care, lançado em 1984 no Canadá e mantido pelo Conselho Internacional das Associações Químicas (ICCA, na sigla em inglês). A iniciativa busca melhorar indicadores de eficiência, limpeza e sustentabilidade das indústrias da área química.

“O Congresso tem por objetivo envolver governos e instituições, como universidades, além da sociedade civil, em torno de metas em prol do meio ambiente, da saúde e da segurança do trabalho. Também visa compartilhar experiências e divulgar boas práticas. O principal desafio é engajar mais empresas em torno do esforço contínuo para obter a certificação do Atuação Responsável”, ressaltou De Marchi.













Fotos: Alex Silva

De Marchi: desafio é engajar mais empresas

O presidente do Conselho Diretor da Abiquim também indicou os desafios da indústria no contexto da Quarta Revolução Industrial (Indústria 4.0): regulamentação, segurança dos produtos e processos, gestão da comunicação em um mundo com abundância de dados e a reforma trabalhista instituída no País em novembro de 2017.

A importância do setor químico foi assinalada por De Marchi pela presença em todos os segmentos produtivos dos setores agropecuário, industrial e de serviços. Ele também citou a busca pela eficiência energética como um importante objetivo, por gerar benefícios tanto para a indústria (menores custos de fabricação) quanto para a sociedade, que consequentemente poderá adquirir produtos a preços mais acessíveis.

De acordo com Marcos Barros Cruz, coordenador da Comissão de Gestão do Atuação Responsável da Abiquim, o programa promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável na indústria química. Atualmente, conta com 160 indústrias associadas à Abiquim comprometidas em implementá-lo. Até o momento, sete empresas foram certificadas e outras 19 declararam ter passado pelo processo de auditoria. “A meta é certificar todas até 2020”, explicou Cruz.


 

Vandenhoeke: programa contribui
para metas da ONU


TRANSPARÊNCIA
– Vice-presidente da Solvay e Chairman do Grupo de Líderes do Responsible Care na ICCA, Patrick Vandenhoeke apresentou o programa como um dos pilares de atuação da entidade. “O Responsible Care é necessário para o desenvolvimento sustentável. Atua na intersecção entre as esferas econômica, ambiental e social. O programa representa a fundação e os alicerces que sustentam uma casa, sendo dessa forma importante, embora não seja visível. Além disso, contribui decisivamente para as metas de desenvolvimento sustentável estabelecidas pela Agenda 2030 da ONU [Organização das Nações Unidas]”, pontuou Vandenhoeke, que salientou ainda o papel das indústrias químicas como agentes do programa.

O coordenador do Comitê de Sustentabilidade da Abiquim, Weber Porto, apresentou o Relatório de Materialidade da Indústria Química, feito em parceria com a Fundação Dom Cabral. Segundo ele, que também é presidente da Evonik no Brasil, o estudo concluiu que “a indústria química brasileira faz muito mais do que reporta, o que motiva uma reflexão. Se uma empresa deixa de fazer um relatório, não quer dizer que não seja sustentável; somente que não comunica suas ações. Transparência é um desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade”, afirmou.

O levantamento obteve dados junto a 42 empresas da área química, sendo 23 multinacionais e 19 brasileiras. Das companhias nacionais, apenas 9 publicam relatórios de sustentabilidade, enquanto todas as internacionais reportam de forma regular as ações nesta esfera.

No entendimento de Porto, o setor deve empreender um esforço coletivo, por meio de uma estratégia, para se inserir na agenda global. “A indústria química deve adotar um posicionamento como criadora de soluções para o desenvolvimento sustentável”, completou.

SUSTENTABILIDADE – A coordenadora geral de Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Letícia Reis Carvalho, que representa o Brasil na Abordagem Estratégica Internacional para a Gestão de Substâncias Químicas (SAICM, na sigla em inglês), falou sobre as metas da iniciativa para além de 2020 e fez elogios aos esforços da indústria química brasileira para aderir às melhores práticas internacionais.


Letícia Reis Carvalho, representante do MMA

“O SAICM tem um escopo abrangente e já possui pilares sólidos no Brasil. A Agenda 2030 da ONU abre oportunidades para que o setor químico, um dos mais globalizados da economia, invista em questões fundamentais, como a produção de água limpa, o saneamento e o gerenciamento de resíduos perigosos”, assinalou.

Sobre as convenções internacionais de químicos, avaliou que estas proporcionaram importantes avanços, citando os exemplos dos acordos de Estocolmo (relativo aos Poluentes Orgânicos Persistentes – POPs, assunto de matéria publicada nesta edição do Informativo) e Minamata (que baniu o uso de mercúrio). A respeito desta última, Letícia apontou como um diferencial competitivo o esforço conjunto entre governo federal, setor produtivo e sociedade civil organizada para que o Brasil se tornasse signatário do acordo internacional em 2013, o que culminou na promulgação do Decreto nº 9.470, publicado no Diário Oficial da União do último dia 14 de agosto.

Os esforços para cumprir as metas do SAICM para 2020 continuam, segundo Letícia, considerando as projeções de crescimento da população de classe média no mundo e a consequente ascensão no consumo de produtos químicos, o aumento estimado de 25% no consumo global de energia até 2040 e o crescente número de substâncias descobertas.

O Chemical Abstracts Service, da American Chemical Society, catalogou mais de 100 milhões de substâncias em quatro décadas (de 1975 a 2015). Nanomateriais, disruptores endócrinos, poluentes farmacêuticos persistentes e pesticidas perigosos já estão entre as prioridades do SAICM que, segundo Letícia, deverá incorporar outras substâncias, como bisfenol-A, arsênico, cádmio e ftalatos em produtos de consumo, na quinta edição da conferência dos países signatários – programada para 2020 em Bonn (Alemanha).

Pellets: Plastivida lança manual


A Plastivida aproveitou o Congresso de Atuação Responsável para lançar a publicação Manual Perda Zero de Pellets. Segundo Miguel Bahiense, presidente, a obra visa auxiliar toda a cadeia produtiva do setor – que inclui transportadoras, operadores logísticos, empresas de atendimento a emergências e de armazenagem – a reduzir a perda de pellets plásticos (resinas termoplásticas no formato de pequenos grãos) no ambiente marinho.





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