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Mai/Jun 2017 

 


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Zarbin fala sobre as contribuições da SBQ para o avanço da ciência


CRQ-IV

Zarbin ocupou vários cargos na SBQ antes de assumir a presidência

Professor do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desde 1998, Aldo José Gorgatti Zarbin graduou-se em Química pela Unicamp em 1990. Na mesma universidade, obteve o mestrado (1993) e o doutorado (1997). Na UFPR, é também líder do Grupo de Química de Materiais da instituição. Além da SBQ, Zarbin é membro de várias outras associações científicas, como Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais, American Chemical Society e Materials Research Society.

Na SBQ, antes de assumir o cargo de presidente, foi diretor da Divisão de Química de Materiais (2008-2010), secretário geral (2012-2014) e presidente sucessor (2014-2016). Também ocupou os cargos de editor associado da revista Química Nova (2008 a 2016) e editor do Boletim Eletrônico (2012-2014). Atualmente, é vice-coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanomateriais de Carbono.

Confira abaixo a entrevista que ele concedeu ao Informativo CRQ-IV.

Informativo - Quais foram as principais contribuições da SBQ para o desenvolvimento do ensino e da pesquisa na área da Química nesses 40 anos?

Aldo José Gorgatti Zarbin - A SBQ teve um papel central na consolidação do sistema de pós-graduação em Química no País e nas discussões de toda a base curricular dos cursos de graduação. As preocupações com todos os aspectos relacionados à formação de recursos humanos na área da Química, seja em nível técnico, de graduação ou pós-graduação, fazem parte do DNA da SBQ.

Nesse período de 40 anos, a SBQ criou fóruns de discussão envolvendo coordenadores de curso em todos os níveis, por meio dos quais foram elaboradas propostas. Somos a entidade de referência no ensino de Química, reconhecida pelo Ministério da Educação, e temos cadeira cativa em todas as discussões relacionadas. A SBQ catalisa debates e discussões sobre o tema, tanto nas suas reuniões anuais quanto nas reuniões de diretoria e conselho, além dos eventos organizados com esse fim específico.

Com relação à pesquisa em Química, além do incentivo à pós-graduação citado, a SBQ foi extremamente atuante e propositiva, contribuindo na discussão de grandes projetos de fomento, como o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), o Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex) e os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs); encontrando gargalos e sugerindo ações, como nos Eixos Mobilizadores em Química; mantendo a regularidade e qualidade das suas publicações científicas, como as revistas Química Nova e Journal of the Brazilian Chemical Society, entre inúmeras outras ações.

Informativo - Como o senhor vê atualmente a qualidade do ensino de Química no Brasil e a formação dos professores na área?

Zarbin - Os ensinos de graduação e pós-graduação são de alto nível, compatível com o que há de melhor no mundo, embora algumas amarras e um certo tradicionalismo ainda emperrem uma formação mais abrangente e diversificada. Com relação ao Ensino Médio, o problema é generalizado no País e não só na área da Química; estamos muito distantes do suficiente. Os professores não têm, infelizmente, a devida valorização, o tempo necessário para trabalhar, a infraestrutura adequada para o ensino de uma ciência fundamentalmente experimental, o que reflete diretamente na qualidade do ensino.

A SBQ tem trabalhado fortemente em várias frentes como, por exemplo, pela atuante participação da sua Divisão de Ensino de Química na discussão de problemas e proposição de soluções; através das suas publicações científicas voltadas para professores e alunos do Ensino Médio, como a Química Nova na Escola e o portal Química Nova Interativa; por meio da elaboração do projeto de Mestrado Profissional em Química para Professores do Ensino Médio (PROFQUI), que será oferecido em conjunto por 13 universidades brasileiras, com início no segundo semestre de 2017, entre outras iniciativas.

Informativo - Para a SBQ e também para a Ciência brasileira, o que representa ser responsável pela organização do Congresso Mundial de Química, evento que será promovido pela primeira vez na América Latina?

Zarbin - Trata-se do maior evento mundial na área da Química e um dos maiores eventos científicos do planeta, o qual temos a honra de organizar em 2017. A vinda do congresso da Iupac ao Brasil foi fruto de um planejamento de longo prazo, que começou na gestão do professor Cesar Zucco, que enviou o projeto e fez os primeiros contatos, passando pelas gestões do professor Vitor Ferreira, período em que a SBQ disputou com a Sociedade Australiana a primazia de organização do evento, saindo vitoriosa, e do professor Adriano Andricopulo, chairman do congresso, quando foi feito o trabalho pesado da concepção e consolidação do evento, e terminando agora na minha gestão, quando o evento será finalmente realizado.

Seu planejamento foi pensado desde o início como um presente da SBQ aos seus sócios, pelo aniversário de 40 anos. Esse histórico muito resumido ilustra o tamanho da responsabilidade e da honra que a SBQ tem na condução desse evento no Brasil. Em 2017, os olhos da Química mundial estarão voltados para o Brasil, grandes pesquisadores estarão por aqui, como os ganhadores do Prêmio Nobel Fraser Stoddart, Ada Yonath, Kurt Wüthrich e Robert Huber. Isso será positivo não só para a SBQ, mas para todas as entidades diretamente ligadas à Química e à Ciência brasileiras.

Informativo - Institucionalmente, como é a relação da SBQ com outras entidades ligadas à Ciência, como a SBPC, e em especial aquelas da área da Química, tais como o próprio CRQ-IV, a Abiquim e a ABQ?

Zarbin - Melhor impossível. Temos várias ações em conjunto com essas entidades, somos a sociedade afiliada da SBPC com relação à Química, temos várias discussões com a Abiquim e o CRQ-IV. Com relação especificamente ao Conselho, a excelente relação com a SBQ pode ser comprovada por um dado bastante simples: o professor Hans Viertler, atual presidente do CRQ-IV, é ex-presidente e ex-conselheiro da SBQ.

Prêmios reconhecem esforços em
diferentes áreas da Química

A SBQ confere vários prêmios a professores e pesquisadores. O mais tradicional deles é a Medalha Simão Mathias. Instituída em 1997, ela se destina a homenagear personalidades que se destacaram em suas contribuições para o desenvolvimento da Química no Brasil e por contribuições para o fortalecimento da SBQ.

A Medalha JBCS foi criada em 1999 para homenagear personalidades e instituições que tenham contribuído para a difusão do Journal of the Brazilian Chemical Society.

Já o Prêmio QNInt Jailson Bittencourt de Andrade é conferido a estudantes e professores que tenham contribuições originais e criativas para a formação de Químicos. Andrade foi presidente da SBQ de 1996 a 1998 e, hoje, é o titular da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

O Prêmio SBQ de Inovação - Fernando Galembeck foi criado em 2006 para homenagear trajetórias profissionais de relevância. A honraria leva o nome do primeiro contemplado: Galembeck foi professor da Unicamp de 1988 a 2011, tendo se destacado na área de polímeros. Foi reconhecido com diversos prêmios por sua atuação, entre eles o Fritz Feigl, concedido pelo CRQ-IV em 1997.

A SBQ concede duas distinções a jovens pesquisadores de até 35 anos de idade: o Prêmio Hans Viertler (homenagem ao atual presidente do CRQ-IV, que presidiu a SBQ de 1994 a 1996) e o Prêmio Química Nova para Jovens Autores, que reconhece a qualidade científica de trabalhos publicados na revista Química Nova. Já os pesquisadores mais experientes podem concorrer ao Prêmio Revista Virtual de Química, concedido a doutores.

Mais recentemente a entidade lançou o Prêmio PubliSBQ Ângelo da Cunha Pinto. Instituído em homenagem ao ex-presidente da entidade (biênio 1986-1988) e falecido em 2015, ele se destina a reconhecer os trabalhos em edição e difusão científica.






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