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Mai/Jun 2013 

 


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Antídotos - Substâncias químicas que salvam vidas
Autor(a): Antonio Carlos Massabni


Antídotos são substâncias químicas (ou misturas de substâncias) utilizadas para combater os efeitos de venenos causados por diferentes origens. O antídoto neutraliza o veneno, eliminando seus efeitos tóxicos para o organismo.

Para cada tipo de envenenamento ou intoxicação existe um antídoto específico, que deve ser aplicado imediatamente após as precauções e os cuidados médicos iniciais. Aqui se incluem as providências dos bombeiros, equipes médicas e de salvamento para socorrer as pessoas e minimizar os efeitos deletérios dos venenos e de produtos tóxicos em geral.

O envenenamento pode ocorrer por picadas de insetos ou animais, como aranhas, cobras e escorpiões, inalação de gases tóxicos ou inseticidas ou, ainda, por ingestão de metais pesados. O antídoto deve ser usado imediatamente para evitar que o veneno atinja o sistema nervoso e cause danos irreparáveis.

O agente causador do envenenamento deve ser excretado antes que seja metabolizado pelo animal ou ser humano. Quando há intoxicação ou envenenamento, as equipes de socorro devem providenciar o rápido isolamento das vítimas e também os antídotos específicos para aplicação.

No caso de gases tóxicos, a aeração ou a oxigenação dos pulmões do paciente deve ser imediata. Esses gases podem ser gerados pela combustão de materiais, como as espumas chamadas de poliuretanas (PU), que revestem paredes e tetos de ambientes para evitar a poluição sonora e a proliferação de sons e ruídos.

As poliuretanas são polímeros obtidos a partir da reação de um isocianato com um poliol. O isocianato pode conter dois ou mais grupos R-(N=C=O)n≥2 por molécula e o poliol contém um ou mais grupos OH por molécula, representada por R´-(OH)n≥2. A reação pode ocorrer na presença de um “catalisador”, que é um iniciador do processo de polimerização. Dependendo dos aditivos, das massas moleculares dos reagentes, da temperatura e das condições de reação, podem ser obtidas poliuretanas com diferentes características e propriedades físicas.

Alguns antídotos indicados para diferentes tipos de envenenamento estão na tabela abaixo.

Causa

Antídoto

Envenenamento por toxinas (exemplos: micotoxinas produzidas por fungos - como a aflatoxina, que pode ser encontrada no amendoim -, e toxinas botulínicas)

Carvão ativado e sorbitol

Intoxicação por inseticidas (como piretróides e agrotóxicos organoclorados)

Sulfato de atropina

Intoxicação por ácido fluorídrico (exemplo: ingestão de produto de limpeza, como removedor de ferrugem)

Gluconato de cálcio

Envenenamento por metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio

EDTA, dimercaprol (BAL), penicilamina e ácido 2,3-dimercaptossuccínico

Envenenamento por cianeto (proveniente de gases tóxicos decorrentes de incêndios, por exemplo)

Amil-nitrito, nitrito de sódio ou tiossulfato de sódio

Envenenamento por CO (inalação de monóxido de carbono)

Oxigênio puro

Envenenamento por tálio (proveniente, por exemplo, do manuseio incorreto de substâncias utilizadas em práticas de medicina nuclear)

Azul da Prússia

Há outros antídotos para o envenenamento por cianeto além daqueles indicados na tabela. Entre eles se inclui a hidroxicobalamina, que é chamada de vitamina B12a. Este agente talvez seja o mais promissor antídoto contra o cianeto. Quando aplicada, a hidroxicobalamina troca o grupo OH por CN, formando a cianocobalamina, que é a vitamina B12, não tóxica e até benéfica para o ser humano.
 


Professor titular e ex-diretor do Instituto de Química da Unesp/Araraquara, o autor é conselheiro suplente do CRQ-IV e frequente colaborador deste Informativo. Contatos podem ser feitos pelo e-mail amassabni@uol.com.br.




 





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